300 – A Ascensão do Império
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Nove anos atrás Rodrigo Santoro foi louvado e criticado por 300. Crescia internacionalmente, vivendo o vilão de uma superprodução. Mas dizia-se que ele pouco aparecia; e era tão ruim que sua voz precisava ser dublada. Inveja. Santoro era, e ainda é, o mais importante ator brasileiro no exterior. Agora chega a continuação 300 – A Ascensão do Império, novamente com ele na pele de Xerxes. O certo é que há um abismo de qualidade entre os dois filmes… e neste segundo só sobram uma boa ideia e a interpretação do brasuca.
O diretor Zack Snyder está de volta, desta vez como roteirista e produtor. E é no roteiro que aparece a boa ideia: construir uma história paralela ao que se passou no primeiro filme. Nem passado, nem futuro. 300 –A Ascensão do Império explora uma outra frente de batalha. Enquanto os “300 de Esparta” lutam contra o persa Xerxes (exatamente o filme inicial), Themistocles (aliado dos 300) defende a costa da Grécia contra Artemísia (braço direito de Xerxes).
Ótimo. Mas para por aí, para na ideia. O que se vê em tela é uma sequência interminável de mortes. Deve haver mais sangue voando do que em filme de Quentin Tarantino (chega uma hora que respinga sangue na tela). São centenas ou milhares de mortos, sempre cortados por espadas ou flechas. E qual o objetivo? Um grupo quer aniquilar o outro. Sem mais.
Falta recheio ao roteiro. É só batalha atrás de batalha. E há umas pataquadas, como quando os dois inimigos, Themistocles e Artemísia, se encontram sob o estrelado céu grego… romântico.
A fragilidade do longa está também no elenco. Sullivan Stapleton e Eva Green, Themistocles e Artemísia, estão péssimos. Péssimos mesmo! Caricatos, sem expressão… tudo de ruim. Santoro, ainda com a voz dublada, não precisa de muito esforço para ir melhor. Não há mais Gerard Butler, que estourou e entrou para o primeiro time de Holywood. Michael Fassbender virou cult, super requisitado, e também ficou fora da continuação.
Deve ser o filme com mais homem sem camisa da história. Praticamente a única mulher em meio a tudo isso é a Artemísia de Eva Green, ela também sem camisa em certo momento do filme. Tudo até cairia bem, já que é o estilo do filme, desde que houvesse algo a seguir na tela.
300 – A Ascensão do Império / 300 – Rise of an Empire
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Noam Murro
Elenco: Sullivan Stapleton, Eva Green, Hans Matheson, Lena Headey, Callan Mulvey, Rodrigo Santoro, Jack O’Connell e David Wenham
Ano: 2014
Duração: 102 min.
Gênero: Ação