50 Tons de Cinza

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“Mistura de Bruce Wayne com Rei do Camarote”. Essa definição (de Marcelo Hessel no Omelete) sobre Christian Gray, o macho-alfa de 50 Tons de Cinza, é perfeita! Com ela já dá para perceber o tom que o filme surge: nada de cinza; talvez um branco-pastel, branco-sonso, branco-nada.
Baseado no best-seller homônimo de E. L. James, o filme é ruim para mais de metro. Não li o livro. E espero que seja melhor do que o longa, pois ainda alimento esperança de que a sociedade não iria se deleitar em peso com uma história tão fraca.
É mais ou menos assim: na fria Seattle, Anastasia conhece o rico Christian Gray (cinza em inglês, de onde vem o trocadilho do título) e passa a ser cobiçada por ele. O cara é dos mais estranhos. E se acha. Até aí, ok, há gente no mundo que se ache, ainda mais os estranhos. O pior é a moça. Que mulher tonta!
Ela topa tudo que o cara propõe. Se mandar que plante bananeira no topo do Empire State Building com o Bin Laden ressuscitado ao lado, ela vai.
Jamie Dornan interpreta com competência Christian Gray (apesar de o personagem ser ridículo, culpa de quem o criou). Já o oposto é a atuação de Dakota Johnson. Onde foram arrumar essa atriz? Desde a primeira cena ela é péssima.
São 120 minutos de uma dança do acasalamento, na qual o macho quer se mostrar macho-man e a fêmea é a sonsa. Mulheres, como assim? Gostar desse tipo de história? É um clichê atrás do outro, a cada segundo! Só porque o machão diz que não faz amor, mas “fode com força”?
Ora bolas! Vai capinar mato, rapaz!
O fim do filme, com deixa para a sequência, é só ruim. Perto dos intragáveis quase 120 minutos, alivia. Mas não recupera.
50 Tons de Cinza / Fifty Shades of Grey
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE (NÃO MUITO, POIS NÃO IRÁ PASSAR)
Ficha técnica:
Ano: 2015
Duração: 124 min.
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Kelly Marcel, baseado em livro de E. L. James
Elenco: Jamie Dornan, Dakota Johnson, Jennifer Ehle, Luke Grimes, Rita Ora, Marcia Gay Harden e Max Martini