A Visita
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A cada tentativa, uma decepção maior. Já fui muito fã de M. Night Shyamalan, que estourou em Hollywood com O Sexto Sentido. Mas depois de uma sequência incrível de filmes ruins nos últimos 10 anos, ele se superou. A Visita é péssimo, um dos piores entre todos os seus (só não cravo que é o pior porque ele já fez muita coisa ruim).
O último que havia assistido de Shyamalan foi Depois da Terra, com Will Smith e seu filho. A Visita consegue ser pior.
Em primeiro lugar, o estilo found footage, aquele de A Bruxa de Blair, simulando um documentário de terror, raramente funciona. Nunca entendo o motivo de, no caos, as pessoas continuarem com uma câmera ligada na mão.
Em A Visita a desculpa é uma adolescente fã de cinema. Ela e o irmão irão conhecer os avós, em uma viagem de uma semana, e decidem fazer um documentário sobre a visita (como assim?). Ambos desconhecem os idosos porque a mãe deles fugiu de casa para casar com o então professor de inglês. E ficou longe este tempo todo.
Shyamalan entende de suspense e por vezes parece que o filme vai surpreender. Mas uma infinidade de furos no roteiro começa a aparecer. Por exemplo, a avó danifica a câmera do notebook da neta. Mais à frente, porém, a câmera volta intacta, sem explicação.
Os idosos são pessoas estranhas, especialmente após à noite, após as 21h30. Chega um momento em que se liga na polícia.
São tantos e tantos furos que se acumulam… que nem pessoas de boa vontade com Shyamalan suportam o filme. E junte a isso uma série de clichês. Precisa a polícia chegar no exato segundo após o filme ter seu desenlace final?
E Shyamalan exagera nas baboseiras. No pós-crédito há até um rap cantado pelo menino da dupla de irmãos. Que tristeza, Shyamalan.
A Visita / The Visit
CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!
Ficha técnica:
Ano: 2015
Duração: 84 min.
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Olivia DeJonge, Ed Oxenbould, Deanna Dunagan, Peter McRobbie e Kathryn Hahn
Gênero: Terror