Almas à Venda
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Paul Giamatti já fez Ganhar ou Ganhar – A Vida É Um Jogo, A Minha Versão do Amor e A Luta pela Esperança, três filmaços. Isso sem contar Sideways, que gosto, mas não acho tudo isso. Agora vem com mais um filme típico dele, Almas à Venda. O “típico dele” é porque Giamatti tem se especializado em filmes humanos, centrados em uma história ou passagem de vida específica, sempre com leveza. São longas inteligentes e curiosos.
Tudo bem, o homem também já fez A Dama da Água (que é ruim, mas tem a cara de filme dele), um dos furos em seu currículo. Mas quase sempre acerta.
Neste Almas à Venda ele é… Paul Giamatti. Sim, é ele mesmo. Em meio a uma crise existencial, Paul, um famoso ator, procura solução num laboratório conhecido como Armazém das Almas, que oferece algo inusitado: a extração da alma. O filme acontece nesta realidade à parte. A retirada das almas tem sido um sucesso, pois dá um alívio incrível a quem se submete à máquina, que parece aquela de ressonância magnética.
Paul decide extrair sua alma e, depois de uma tentativa fracassada de viver e atuar sem ela, resolve alugar a alma de um poeta russo (isso é possível na história!). A ideia era voltar a atuar bem, mas os efeitos colaterais não são bons. Ele decide ter sua alma original de volta, mas percebe que ela foi parar na Rússia, no corpo de uma loira que deseja ser atriz de sucesso.
Confusão armada, o filme consegue não debandar para a ficção científica ou para a comédia. Tem toques ótimos de humor. Mas é uma reflexão sobre o valor da vida, sobre o quanto a infelicidade muitas vezes é superdimensionada.
É mais um filme bem acima da média de Giamatti.
Almas à Venda / Cold Souls
CLASSIFICAÇÃO: VALE (BEM) O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Sophie Barthes
Roteiro: Sophie Barthes
Elenco: Paul Giamatti, Emily Watson e David Strathairn
Gênero: Drama
Duração: 101 min.
Ano: 2010
Gosto de filmes assim, diferentes, que trazem temas novos à mesa e que fazem a gente pensar.