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A primeira pergunta que vem à cabeça ao assistir a Amy é: como foi possível conseguir tantas imagens de bastidores? Aí está o grande mérito do documentário, que concorre ao Oscar 2016.
Vídeos sobre a adolescência, as gravações, as discussões. Fotografias sobre o consumo de drogas. Preciosidades que se encaixam perfeitamente ao descrito por amigos, colegas, ex-marido e pai da cantora e compositora inglesa. Parece até que o documentário já estava sendo preparado.
Amy Winehouse morreu aos célebres 27 anos. Mas seu futuro parecia não ter mais volta com o pai (Mitch Winehouse) e o marido (Blake Fielder) a empurrando para o precipício.
Embora o diretor do longa, Asif Kapadia, trate-a como uma vítima quase o tempo todo, Amy se entregou ao álcool e às drogas. E, especialmente, à destrutiva relação com Blake, que elevou o vício a níveis estratosféricos.
A culpa do pai e do marido estão lá. Mas Amy não se ajudou. E isso falta explorar no filme. A culpa não é só dos outros.
É incrível que a dupla tão criticada tenha aceitado depor para o filme. O pai colaborou inicialmente com o projeto de Kapadia, cedendo imagens da juventude da filha. Porém, passou a critica-lo após assistir a um primeiro corte do longa.
“O filme é fortemente editado. Eles não queriam que a Amy aparecesse bem. Queriam retratar uma Amy solitária e viciada. Mas sua família e seus amigos estavam sempre ao lado dela”, disse o pai.
Uma curiosidade: além das músicas de Amy, a trilha sonora do documentário é assinada pelo compositor brasileiro Antonio Pinto.
É um bom filme. Falta explorar mais a culpa de Amy se jogar no buraco. Mas é inegável que trata-se de um registro importante.
Amy
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2015
Direção: Asif Kapadia
Gênero: Documentário
Tags:
Amy