Como é bom quando acertamos no filme, não? É fato raro, claro. De outra forma a graça não seria a mesma. Mas quando acontece… As Invasões Bárbaras é um filme raro. É emocionante sem ser piegas. É daqueles para indicar aos amigos, para assistir de novo.
Continuação de O Declínio do Império Americano, de 1986, As Invasões promove o reencontro dos personagens 18 anos depois. Já vi O Declínio. E tenho certeza que a continuação é melhor que o original. Sensível, envolvente, com um humor afinadíssimo e muito inteligente As Invasões ganhou dois prêmios no Festival de Cannes: Roteiro e Atriz (Marie-Josée Croze), além de abocanhar o Oscar de Filme Estrangeiro.
À beira da morte, Rémy procura paz em seus últimos momentos de vida. Recebe ajuda de Sébastien, seu filho, que, mesmo não se dando bem com ele, decide bancar a felicidade dos momentos derradeiros do pai. Os amigos se juntam no triste momento e conseguem levar alegria a Rémy.
Há sutilezas no roteiro de Denys Arcand (também diretor) que marcam. A passagem final, claro, é emocionante (dá para imaginar, não?). Mas o filme todo é tocante. Quando o filho fecha uma ala inteira do hospital, quando os amigos fazem um almoço, quando as amantes contam histórias…
Rapidinho, com 99 minutos, o filme canadense, apesar de drama, no mínimo alegra o dia do espectador.
As Invasões Bárbaras / Les Invasions Barbares
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!
Ficha técnica:
Fotografia: Guy Dufaux
Música: Pierre Aviat
Roteiro: Denys Arcand
Direção: Denys Arcand
Gênero: Drama
Ano: 2003
Duração: 99 min.
Elenco: Rémy Girard, Stéphane Rousseau, Dorothée Berryman, Louise Portal, Dominique Michel, Yves Jacques, Pierre Curzi, Marie-Josée Croze, Marina Hands, Toni Cecchinato e Mitsou Gélinas
Esse filme é demais. E O Declínio do Império Americano também! Ótima dica.