Cabras da Peste
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Cabras da Peste é uma ótima ideia. É um tradicional filme de dupla policial, mas à brasileira, e totalmente comédia. Chega a ser surreal em diversos momentos. Por isso, é preciso encará-lo com espírito aberto, sem ligar para os exageros em tela.
Bruceuílis Nonato é um policial da pequena Guaramobim, no interior do Ceará. É fã de filmes policiais (seu nome já entrega a homenagem ao protagonista de Duro de Matar), mas causa confusão ao prender um suposto ladrão que nada tinha feito. Colocado para tomar conta da cabra símbolo da cidade, tem de se virar ao vê-la sequestrada.
Já em São Paulo, procurando a cabra, Bruceuílis encontra Trindade, um policial que não sai à rua, trabalha em escritório, e é mal visto pelo colegas após desviar de um tiro que, por isso, mata seu parceiro.
Eis que a dupla descobre que o sumiço da cabra é motivado por um esquema de tráfico de drogas.
Curioso que Edmilson Filho, o Bruceuílis, está muito melhor que Matheus Nachtergaele, o Trindade. Edmilson toma conta do longa, que, se assistido sem preocupação com qualquer lógica, gera boas risadas.
Aliás, as cenas absurdas são as mais divertidas e o principal atrativo de Cabras da Peste. As perseguições são propositalmente caricatas, assim como a relação dos protagonistas com Celestina, a cabra.
É claro que não se trata de um longa daqueles marcantes. O roteiro escorrega em decisões apressadas, como a identidade do vilão, o traficante Luva Branca, interpretado pelo cantor Falcão (o cearense, kitsch).
Apesar dos tropeços, Cabras da Peste entrega um buddy cop que entretém.
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Cabras da Peste
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Elenco: Edmilson Filho, Matheus Nachtergaele, Evelyn Castro, Leandro Ramos, Leticia Lima e Falcão
Roteiro: Vitor Brandt e Denis Nielsen
Direção: Vitor Brandt
Ano: 2021
Gênero: Comédia
Duração: 98 min.