Como Nossos Pais
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Filmes sobre famílias têm ganho cada vez mais espaço no Brasil. Pudera, assim tem sido também no mundo, com os mais diversos gêneros. Os Meyerowitz, A Família Bélier e Os Tenenbaums têm uma pegada mais ao estilo deste Como Nossos Pais, que chega para competir cabeça a cabeça com os melhores europeus e de Hollywood.
Não existem grandes reviravoltas nem metáforas mirabolantes na obra de Laís Bodanzky. Há, sim, um espaço aberto para o elenco, que com diálogos sempre a dois ou três conquista o espectador. E quem brilha é Maria Ribeiro, como a protagonista.
Rosa, 38 anos, é uma mulher comum: dois filhos, casamento com altos e baixos, carreira que não decolou. E a relação com sua mãe está sempre na corda-bamba. É uma vida simples. Mas ela não está conformada. Não quer ter subidas e descidas com o marido, sua mãe precisa explicar por que a relega, o sonho de escrever um livro pode se transformar em realidade. E eis que surge uma bomba, contada de supetão em um almoço familiar.
Maria Ribeiro lida de maneira corriqueira com a personagem (e isso é bom, vale ressaltar). Clarisse Abujamra e Jorge Mautner, mãe e pai dela no longa, também estão luminosos. Paulo Vilhena e Cazé Peçanha (aquele da MTV) dão escada para os demais.
A defesa de ideias feministas ganha espaço ao longo dos minutos, algo que cola com o momento atual no país… e, novamente, no mundo.
Rosa descobre que fazer tudo de uma só vez, ser perfeita a cada momento, é impossível.
Como Nossos Pais
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Direção: Laís Bodanzky
Roteiro: Laís Bodanzky
Ano: 2017
Elenco: Maria Ribeiro, Clarisse Abujamra, Paulo Vilhena, Cazé Peçanha, Jorge Mautner, Felipe Rocha e Herson Capri
Gênero: Drama
Duração: 102 min.