Deus da Carnificida
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Deus da Carnificina é um filme engraçadíssimo. Mas nem por isso não é sério. Confinados em um apartamento, os pais de dois meninos que se desentenderam em uma praça pública resolvem conversar civilizadamente para resolver a questão. A conversa acontece, já o civilizadamente…
Desde a primeira cena fica claro o choque de classes. Não apenas social, mas ideológico e cultural. Penelope Longstreet (Jodie Foster) e Michael (John C. Reilly) são o casal anfitrião, de esquerda, ela uma professora preocupada com os problemas da África, ele um vendedor de produtos hidráulicos. Já Nancy (Kate Winslet) e Alan Cowan (Christoph Waltz) são o retrato do poder, do sucesso, do dinheiro e de um novo estilo de vida no qual a relação com a família e a criação dos filhos exige menos rigor e preocupações morais.
Ao longo do filme a conversa civilizada vai se transformando em um discussão pouco lógica na qual as ideologias de cada personagem vêm à tona, em detrimento do politicamente correto. A civilidade vai se esvaindo e com ela a esperança do casal Nancy e Alan de sair do apartamento. A câmera do diretor Roman Polanski acompanha o ritmo do filme e vai se tornando cada vez mais frenética de acordo com o desenrolar da conversa.
Deus da Carnificina discute um pouco da nossa sociedade, suas regras e valores. Os personagens buscam culpas e responsabilidades e se apegam às suas ideologias para justificar quaisquer comportamentos. Trabalho, dinheiro, cultura, poder, convívio com o outro, está tudo lá, ruindo à frente dos dois casais.
Com uma direção de arte precisa, atuações magníficas e com um dos textos mais hilários que vi ultimamente da telona.
Deus da Carnificida
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Direção: Roman Polanski
Elenco: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz, John C. Reilly
Duração: 80 minutos
Roteiro: Yasmina Reza e Roman Polanski
Ah, e é bacana o filme ser em tempo real, com os papos em tempo real.
Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly. São esses quatro na tela, o tempo todo! Não há mais atores (tirando uns meninos que aparecem por dois minutos, lá longe, figurantes). É teatro, mas em filme. E não precisa mais. É ótimo assim.
Primoroso, o roteiro entrelaça os personagens, que a cada momento se unem ao que mais se aproxima de sua ideias. Os diálogos são incríveis.
Christoph Waltz é o melhor de todos. Jodie Foster escorrega um tanto.
Esse é diversão de alto nível! Rs.
Duca, hein? Quero ver! Deve ser bem bom!