Divã e Simplesmente Feliz
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Assisti a Divã depois de ouvir falarem super bem. Eu até não tenho muito preconceito com filme brasileiro, e ainda tinham me dito que rolava uma cena engraçada “a bridget jones” sobre a mulher ir ao banheiro tirar a “cinta” antes de transar com o gatinho, que achei que eu tinha que alugar…
Minha avaliação final é que os produtores brasileiros perderam uma ótima oportunidade de fazer um filme com mensagem, que deixe o espectador esperançoso sobre a vida, assim como o “Simplesmente feliz”, esse sim filme imperdível. Explico:
Em Divã, Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher casada e com dois filhos que, aos 40 anos, tem a vida estabilizada. Ela acha que o marido está traindo ela, (o que seria bem possivel, já que ele é o José Mayer), e acaba traindo ele com o Gianecchini. Rola uns dramas, e a gente ve a historia linearmente a partir da ida dela ao analista. Nem vou entrar no mérito da não profundidade dos dramas e dos pensamentos, mas sim, do jeito que a personagem dela é construida, sendo uma mulher segura, que não estressa porque o marido a esta traindo, nao sente culpa por trair, leva a vida numa boa. A personalidade dela é sempre definida em conversa com a amiga, ate sobre masturbação. É como se Mercedes fosse leve, a frente do tempo. Mas quando ela se separa vira uma mulher comum, e o filme se perde. Acho que se eles tivessem ido por esse caminho, da mulher prafrentex, seria bem parecido com o “Simplesmente feliz” e aí sim, teria chance de se tornar um filmaço.
Em “Simplesmente feliz” (esse sim vale a locada), Poppy (Sally Hawkins) é uma professora primária, que sempre se veste com roupas coloridas e tenta ver a vida pelo lado positivo. A minha descrença fez eu passar o filme inteiro achando que ela era abobada, mas a real é que ela era feliz e não ficava procurando problemas onde não tinha. Ela entra em conflito com seu ultrarigido professor da auto-escola o que gera uma das cenas mais tensas do cinema.
PARE TUDO E VÁ VER
Divã
Ano: 2009
Direção: José Alvarenga Jr.
Elenco: Lília Cabral, José Mayer, Alexandra Richter, Cauã Reymond, Reynaldo Gianecchini, Eduardo Lago e Paulo Gustavo
Duração: 93 min
Gênero: Comédia
Simplesmente Feliz
Titulo original: Happy-Go-Lucky
Ano: 2008 (Inglaterra)
Direção: Mike Leigh
Elenco: Sally Hawkins, Alexis Zagerman, Andrea Riseborough, Sinead Matthews e Kate O’Flynn
Duração: 118 min.
Gênero: Drama
Eu também quase escrevi, Flávia e Débora. Bom que pesquisei antes. Agostei bastante de Simplesmente Feliz. E também achei bem superior a Divã, mesmo o brasileiro sendo bacana. Simplesmente Feliz é marcante. Vale muito assistir e, pelo menos, alegrar o dia.
Quase escrevi uma outra resenha… Ainda bem que pesquisei. Simplesmente Feliz é um filme bacana, despretensioso, simples e só. A alegria e a forma com que Poppy encara a vida são contagiantes, mas também me parecem superficiais. Em alguns momentos, Poppy ensaia sofrer com a dor e a angústia de outros personagens, mas nada parece abalar seu mundo feliz. A maneira com que ela lida com a violência identificada no comportamento dos outros é interessante e o conflito com o professor de direção rende a melhor cena do filme.
Assisti a Divã ontem. Bacana. Melhor do que eu esperava. Não é o melhor filme da história, mas é agradável. E até gera boas risadas.
Obs: acho que estou mudando de opinião em relação aos filmes brasileiros. Olhem acima como eu era em 2009!!!!rs
pra mim, os momentos mais fracos são exatamente qdo ela tá no Divã (chaaaaatos e, pelo q me contaram, não fazem parte da peça)… o resto é bem engraçado.
Mas você ainda acredita em filme brasileiro? Pode parar!!! Conto nos dedos os bons.
Ah, e gostei do "prafrentex".