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Cité Gagarine, prédio construído pelo Partido Comunista francês no subúrbio de Paris, em homenagem ao cosmonauta Yuri Gagarin, foi implodido. Este é o fato. Fanny Liatard e Jérémy Trouilh pegaram este fato e o transformaram em um filme para lá de interessante, Edifício Gagarine, que mescla drama e fábula.

Mais do que um prédio. É um conjunto habitacional, que ao longo de décadas acompanhou o empobrecimento das periferias francesas, transformando-se em habitação de imigrantes. Cada vez mais abandonado, chegou ao nível de perigo para seus moradores. Restou a destruição.

O filme dá vida ao conjunto habitacional, com seus moradores felizes apesar dos problemas. Um deles é Yuri (Alseni Bathily, em ótima interpretação), que tem o sonho de se tornar astronauta. Eis uma ligação clara com o cosmonauta Yuri Gagarin, o primeiro humano a deixar o planeta Terra. E aí começa a mistura entre realidade e fábula.

Yuri é o único morador a não deixar o prédio para a demolição. No início, à espera de sua mãe, que o abandonou. Na sequência, escondido e imerso em sonhos.

No romance com Diana (Lyna Khoudri, muito bem no papel), adolescente de origem romena e ex-moradora do Gagarine, Yuri tem a sua única possibilidade da vida real ser feliz.

Uma hora o prédio virá abaixo. E o que será de Yuri?

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Edifício Gagarine / Gagarine

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica:

Duração: 95 min.

Direção: Fanny Liatard e Jérémy Trouilh

Ano: 2020

Gênero: Drama

Elenco: Alseni Bathily, Lyna Khoudri, Jamil McCraven, Finnegan Oldfield, Farida Rahouadj, Denis Lavant, Cesar ‘Alex’ Ciurar, Rayane Hajmessaoud