Elementos de Um Crime

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Ninfomaníaca está chegando aos cinemas em 2014 com todo a expectativa que um filme de Lars von Trier causa. Só se fala nele. O “pai” de Melancolia, Anticristo, Dogville, Dançando no Escuro e Europa, entre outros, era só um novato em 1984, quando estreou em longas metragens com Elementos de Um Crime. Como sou fã de suas obras, resolvi ir à nascente. Pelo menos ficou a certeza de que é possível aprender com o passar dos anos.
Elementos de Um Crime definitivamente não é o melhor filme de Von trier. Aliás, diretamente, é ruim. É a primeira parte de uma trilogia do diretor dedicada à Europa pós Segunda Grande Guerra, que se completou com Epidemia (1987) e Europa (1991). Epidemia ainda não vi. Mas Europa é um milhão de vezes melhor – se comparar com Melancolia, então, vira covardia.
Filmado em tons de preto e amarelo, venceu a categoria Prêmio da Comissão Superior Técnica em Cannes. Conta a história do policial Fischer (Michael Elphick), chamado de volta à Europa para desvendar uma onda de assassinatos, os Crimes da Loteria (somente moças que vendem bilhetes lotéricos são mortas). Fischer está no Cairo, onde narra o passado a um hipnotizador. Na investigação, segue um livro – Elemento de um Crime -, que antecipa as morte. Um tal Harry Grey vira o suspeito.
O problema é que o filme fica chato. Que Von Trier queira complicar e criar um mundo ilusório na tela, ok. Mas, além de uma escuridão constante, é difícil aceitar personagens que surgem e desaparecem do nada.
Um ponto mostra o que viria a ser o famoso Von Trier. Já está lá o empenho em expor sexo como fonte de perplexidade. Vinte anos depois, Nifomaníaca.
Elementos de Um Crime / Forbrydelsens element
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Lars von Trier
Elenco: Esmond Knight, Jerold Wells, Me Me Lai e Michael Elphick
Gênero: Policial
Ano: 1982
Duração: 104 min.
Roteiro: Niels Vørsel e Lars von Trier