Em Um Mundo Melhor
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Dois mundos distintos. Duas famílias parecidas, com dois meninos que viram amigos. Dois problemas graves prestes a explodir. A dualidade está presente em todos os 119 minutos de Em Um Mundo Melhor.
Produção da Dinamarca, o filme mostra o contraste entre o país – civilizado – e a África pobre e injusta, em um local sem identificação. Anton (Mikael Persbrandt) é um médico que trabalha em um campo de refugiados africano. Ele divide seu tempo com idas e vindas para cuidar da família. Elias (Markus Ryggard), seu filho mais velho, é perseguido na escola. A situação muda quando surge Christian (William Johnk Nielsen), que acaba de chegar à Dinamarca. Após defender Elias, Christian é agredido e, como vingança, dá uma surra no garoto que persegue o novo amigo. O problema é que Elias é vingativo e não se contenta em apenas dar uma surra no mala da escola. Quer, sim, “salvar” o mundo com sua revolta. Enquanto isso, a África continua em pé de guerra – e Anton luta para sair ileso.
Vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro em 2011 (derrotando Biutiful e Incêndios, ambos um pouco melhores), Em Um Mundo Melhor cativa sem sobressaltos. Discute a questão de valores, mostrando que um problema inicialmente enorme é tão insignificante quando se abre o horizonte e o mundo em volta aparece.
Há forma correta de lidar com os problemas? Sim. E essa forma pode parecer equivocada de início, mas com o tempo se mostra a melhor opção.
A diretora e roteirista Susanne Bier parece ter se especializado neste tipo de filme. Em Depois do Casamento há também dois países distintos – Dinamarca e Índia – e dois problemas a resolver. Mas e daí? Ela faz bem o que propõe.
Em Um Mundo Melhor / Hævnen
CLASSIFICAÇÃO: VALE (BEM) O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Susanne Bier
Roteiro: Susanne Bier, Anders Thomas Jensen
Elenco: Ulrich Thomsen, Mikael Persbrandt, Trine Dyrholm, William Jøhnk Nielsen e Markus Rygaard
Gênero: Drama
Ano: 2010