Enrolados
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Na 50ª animação de sua história, a Disney não poderia fazer diferente. A comemoração precisaria de todos os elementos para agradar ao público, infantil ou adulto. Temos a princesa que tanto está no imaginário das meninas, mas, claro, uma princesa forte, bonita e inteligente. Aos meninos temos o herói descolado, sedutor e bonito. Para os adultos, muita emoção, romantismo, ação, correria… agradando às mulheres e aos homens. E, claro, um animal esperto e bonitinho – neste caso, um camaleão -, sempre do gosto de todos. Assim é Enrolados, uma boa opção.
Há uns bons anos a Disney achou a mina de ouro ao perceber que poderia juntar todas as princesas que ajudou a imortalizar para faturar ainda mais. Com uma série de animações, redespertou afeição por Branca de Neve, A Bela Adormecida, A Pequena Sereia, Cindelera etc. No fim de 2009, em A Princesa e o Sapo, foi a vez da primeira negra entrar para o grupo. Agora chegou a hora de Rapunzel, que ganhou notoriedade com os mestres de contos de fadas, os irmãos Grimm.
O título do filme seria originalmente o óbvio “Rapunzel”. Mas, após os resultados finais de A Princesa e o Sapo, a empresa percebeu que a elogiada animação poderia ter ido ainda melhor nas bilheterias se não tivesse se apoiado tanto na princesa. O título acabou afastando os meninos. Eu mesmo nunca assisti, exatamente por imaginar um filme excessivamente feminino. E assim Rapunzel virou Enrolados (Tangled).
O grande problema de Enrolados é que Disney não vai tão fundo quanto deveria e, assim, não atinge totalmente seu objetivo. Tenta que os meninos se aproximem da obra, mas não acerta em cheio. Imaginei que a ousadia fosse maior, que a produtora tivessse desfeito a história seguindo o modelo do inovador Deu a Louca na Chapeuzinho. Mas não… é a história clássica adaptada à “modernidade”, sem “desconstrução”, mesmo que retratada em uma época distante.
Mulheres e meninas podem ser preparar: a maioria vai chorar de todas as formas. Mas ao menino aqui o filme enrolou demais, com o perdão do trocadilho.
A primeira sequência do filme é centrada em contar sobre uma flor mágica nascida em um reino. Essa flor salva a vida da rainha, mãe de Rapunzel. Mas o destino da então menina é selado pelo milagre, já que ela é seqüestrada por uma bandida que deseja a juventude eterna – os cabelos de Rapunzel são mágicos e têm o mesmo poder da flor. Tempos depois entra em cena Flynn Rider, um ágil ladrão que rouba a tiara de uma princesa que há muito tempo sumiu do reino (Rapunzel, claro), mas cujos pais a homenageiam anualmente soltando lanternas aos céus em seu aniversário. Na fuga pela floresta, Flynn acaba achando a alta torre sem escadas onde está Rapunzel.
Aí a história toda anda. É um roteiro bem diferente do clássico dos Grimm, no qual Rapunzel é filha de dois agricultores, seqüestrada por uma bruxa que deseja vingar o furto de uma fruta em seu jardim. Ah, e seus cabelos, trançados, não soltos como no filme. não são mágicos. Mas a Disney opta por manter a tal “magia Disney”, o que dá um sooooono…
Outro ponto que atrapalha é a cantoria. Em alguns momentos até é engraçado, mas há muito tempo o público, especialmente eu, se cansou desta artimanha.
Enrolados é uma boa opção para quem gosta de animações, não uma ótima. Mas vale ser visto.
Enrolados / Tangled
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2010
Duração: 92 min.
Gênero: Animação
Direção: Nathan Greno, Byron Howard
Roteiro: Dan Fogelman
Elenco (vozes): Mandy Moore, Zachary Levi, Donna Murphy e Ron Perlman
bacaninha. e paremos por aí…
rs…achei bom… mas esperava mais.
quando eu vi a primeira vez, adorei. Acho que a Dinsney acertou msm ao modernizar a princesa e o conto. Mas agora que eu ja vi 500 vezes nao aguento mais!! rs