Faroeste Caboclo
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Renato Russo, o símbolo da “geração Coca-Cola”, completaria 54 anos neste 27 de março. E não é que acabo de assistir a Faroeste Caboclo, o filme sobre sua música mais idolatrada? Aproveitando a data, resolvi escrever. Pena que o longa poderia ser melhor.
A saga de João de Santo Cristo e Maria Lúcia, lançada em música em 1987, conta a história de um nordestino que chega a Brasília, torna-se traficante, apaixona-se por uma jovem, a Maria Lucia, e tenta deixar o crime, mas é morto por um traficante rival.
Até aí, na ideia geral, o filme retrata o que a canção conta. Mas quem conhece a letra logo percebe que a tela mostra pontos diferentes. Cadê o homem que dá a passagem da viagem a João? E as duas prisões no “inferno”? Os repórteres da televisão no duelo final? E a referência à ditadura, com o general de dez estrelas com… a mão ocupada? Nada. Mas não vejo problema nisso, desde que a história, respeitando o original, ficasse interessante. Não fica.
Minha teoria é que não é culpa do diretor René Sampaio ou dos roteiristas Victor Atherino e Marcos Bernstein. É que o espectador sabe tudo o que o filme trará (mesmo com as alterações em pontos importantes). E não há o que fazer: só acelerar e esperar pela música, que apenas surge nos créditos finais.
O elenco com Fabrício Boliveira (João), Ísis Valverde (Maria Lúcia) e Felipe Adib (Jeremias) está bem, especialmente o último, que pegou o papel do malvado. Mas mesmo assim o filme é “legalzinho”.
Se a intenção é assistir a um filme mais bacana sobre Renato Russo ou sua Legião Urbana, vá de Somos Tão Jovens.
Faroeste Caboclo
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2013
Duração: 105 min.
Gênero: Drama
Direção: René Sampaio
Roteiro: Victor Atherino e Marcos Bernstein
Elenco: Fabrício Boliveira, Isis Valverde, Felipe Abib, César Troncoso, Antonio Calloni, Alex Sander, Marcos Paulo, Cinara Leal e Rodrigo Pandolfo