Fuga do Planeta dos Macacos

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Nem a pau, Juvenal!

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Fuga do planeta dos macacosPlaneta dos Macacos – O Confronto está estourando nos cinemas. É o segundo desta nova fase (o primeiro é O Planeta dos Macacos – A Origem), após cinco da sequência original (de 1968 a 1973) e um de Tim Burton (em 2001). Sou muito fã da série. E resolvi assistir aos antigos novamente. Acredito que o primeiro – O Planeta dos Macacos – é espetacular, mesmo revisto agora. Já vi de novo também o segundo, De Volta ao Planeta dos Macacos, fraco demais. Bem… depende da comparação, pois o terceiro – Fuga do Planeta dos Macacos – é (apesar de não querer escrever isso) um lixo.

Até que o longa começa com uma cena impactante. Uma nave é resgatada do mar pelo exército dos Estados Unidos. E lá estão, todos trajados, três astronautas, que saem andando da nave. Ao tirar os capacetes… três macacos que falam.

Mas a partir daí é ladeira abaixo. Primeiro: três macacos falantes caem na Terra e quem cuida deles é um psicólogo do zoológico de Los Angeles? Cadê o presidente da Organização das Nações Unidas (ONU) ou o presidente dos EUA? Aí passa-se a uma reunião de um tal comitê federal para interrogar os bichos. Eles ficam famosos e começam a comprar roupas de grife…

Já deu para perceber onde isso para. Bem… não para. A trilha sonora, de Jerry Goldsmith, é medonha. Dá um tom de comédia a um filme que deveria ser de suspense.

Os três macacos são Cornelius, Zira e Milo. Eles contam que vieram do futuro, uns 2000 anos à frente. Estamos na década de 1970. Mas parece que o retorno no tempo deixou Zira, que sempre foi a principal aliada dos humanos e de extrema inteligência, uma bocó!

É até machista o roteiro (de Pierre Boulle e Paul Dehn), pois trata a mulher como supérflua e uma boba. É Zira quem entrega todos os segredos do futuro aos humanos.

Fica a nítida impressão de que faltou dinheiro à produção (foram gastos US$ 2,5 milhões) – ou que investiu-se tudo nas mascaras, essas ainda hoje impactantes. Mas as cenas são basicamente em ambientes fechados. E quando o plano é mais aberto se está em um cais com navios parados.

Há uma cena que põe a cereja no bolo da incompetência. Um enfermeiro é morto quando Cornelius dá um tapa em sua bandeja. Como se morre assim? Depois do tapa, aparece o homem ensanguentado no chão!

Dois pontos que, de maneira otimista, pode-se ressaltar: os humanos continuam, de certa forma, selvagens, como no futuro, e Ricardo Montalbán. O astro de A Ilha da Fantasia e o Khan de Jornada nas Estrelas 2 é Armando, o dono de um circo. É sempre bom vê-lo em cena.

Para piorar, este terceiro filme original não casa com a tese da sequência mais recente. Pelo menos o vilão deste filme, Doutor Hasslein, é brevemente mencionado no início dos filmes anteriores. Já a praga que exterminou todos os cães e gatos e que levou à prisão dos macacos é mencionada pela primeira vez.

De tão ruim o desenrolar, as cenas finais até que parecem boas. Mas é só por causa do baixo patamar do que aparece antes.

Ainda tenho mais dois a assistir para completar a saga antiga. Mas esse quase estraga a vontade de prosseguir.

Fuga do Planeta dos Macacos / Escape from Planet of Apes


CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!


Ficha técnica:
Ano: 1971
Duração: 90 min.
Direção: Don Taylor
Roteiro: Pierre Boulle e Paul Dehn
Elenco: Roddy McDowall, Kim Hunter, Eric Braeden, Bradford Dillman, Natalie Trundy, Sal Mineo, M. Emmet Walsh e Ricardo Montalbán
Gênero: Ficção científica
Música: Jerry Goldsmith

Categorias: Ficção

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