A Garota Ideal

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Esse filme apareceu em casa em uma versão pirata, deixado sabe-se lá por quem. Ao ler o verso pensei se tratar de uma comédia pastelão, daquelas bem americanas, e o deixei rolando meses e meses até o dia em que o tédio venceu o critério e resolvi arriscar. Que ótima surpresa! A Garota Ideal é um filme incrível. Original, doce e delicado, prende o espectador pelo absurdo do argumento, pelas atuações competentíssimas, pela trilha sonora levemente estranha e pela pegada independente.

Lars é um homem extremamente tímido e introvertido que tem seríssimos problemas para se relacionar com as pessoas. Vive na garagem nos fundos da casa do irmão e não é capaz de conviver nem mesmo com ele ou com a cunhada grávida que faz diversas investidas na tentativa de tê-lo presente em um simples jantar. Não tem amigos, não tem hobbies, não faz nada além de trabalhar e voltar para sua solidão. Até que um dia compra uma dessas bonecas sexuais em tamanho natural que parece com uma pessoa de verdade e a apresenta para a família como sendo a sua namorada.

Diferentemente do que imaginava, o filme não é uma comédia. É um drama muito bem constituído que foge das soluções simplistas que acabam enfraquecendo determinados filmes do gênero. Não é apelativo, não é demagogo. É minimalista e sua força vem daí. Diante do problema de Lars (vivido brilhantemente pelo sensacional Ryan Gosling), a sua família reúne os habitantes da pequena cidade onde vivem e, para ajudá-lo, encontram uma solução inusitada. Que não vou contar para não estragar o filme. Mas que é tocante e emociona se você parar para pensar que na nossa rotina cheia de individualismo e egoísmo ela jamais seria cogitada.

O filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original em 2008 e perdeu para Juno. Injustiça das grandes! O roteiro é muito, mais muito melhor mesmo! E olhe que eu a-d-o-r-o Juno. Ryan Gosling ainda recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator. Mas não é só ele que vai muito bem. Emily Mortimer está fantástica no papel da cunhada e Paul Schneider também encarna de maneira incrível o irmão mais velho de Lars. Além disso, há muitos personagens menores que surgem ao longo da trama e também são sensacionalmente interpretados.

A Garota Ideal

CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER

FICHA TÉCNICA
Diretor: Craig Gillespie
Elenco: Ryan Gosling, Patricia Clarkson, Emily Mortimer, Kelli Garner, Paul Schneider.
Produção: Sarah Aubrey, John Cameron, Sidney Kimmel
Roteiro: Nancy Oliver
Fotografia: Adam Kimmel
Trilha Sonora: David Torn
Duração: 106 min.
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido

Categorias: Drama

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente 13 junho, 2011, 19:58

    Marcele, pelo amor de Deus!!! 500 Dias com Ela é 1 milhão de vezes melhor que Juno!!! (só pra começar uma discussão… rs). Aliás, foi o texto que inaugurou este blog: http://www.naoentendemascomenta.com/2009/11/500-dias-com-ela.html

  2. Marcele Guimarães
    Marcele Guimarães 13 junho, 2011, 19:36

    Ainda não assisti, mas confesso que tive tão boa recomendação que o farei logo em breve!
    Eu adoro JUNO tb! Acho sensacional! Outro comédia romântica na mesma linha que eu AMO é "500 dias com ela!"

  3. Fernanda Anhaia Mello
    Fernanda Anhaia Mello 13 junho, 2011, 18:55

    Sem sombra de dúvidas, esse é um dos melhores filmes que eu já vi. O roteiro é excepcional, criativo, faz você rir e chorar ao mesmo tempo, faz todos nós pensarmos nas individualidades, na compreensão, no aceitar o mundo de cada um, no respeito ao próximo mesmo com as suas limitações e nas relações humanas.

  4. Anônimo
    Anônimo 13 junho, 2011, 18:53

    Quero ver.
    Me empresta?rsrs

    Angie

  5. Anônimo
    Anônimo 13 junho, 2011, 18:46

    Não vi ainda, mas me interessei muito. Adorei o texto, Di. Parabéns! 🙂

  6. Renata Rogatto
    Renata Rogatto 13 junho, 2011, 15:49

    Tb estou emocionada. Ryan é fofo. Vou ver.

  7. Danilo Vicente
    Danilo Vicente 13 junho, 2011, 15:43

    Este filme é ótimo. Já vi há um bom tempo e fiquei com a mesma impressão da Diana. Nada de comédia (eu também estava com um pé atrás, pois achava ser uma comédia pastelão). É simplesmente uma história cativante, uma lição de desprendimento.

    Não vou escrever mais… estou emocionado com a volta da Diana ao blog… 🙂

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