Habemus Papam
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A idéia é ótima. E o italiano Habemus Papam começa empolgante. Mas com o andar dos minutos o filme incomoda e perde a força. Até o fim melancólico.
Após o Conclave chegar a uma decisão sobre a escolha do novo papa, o pontífice eleito passa por uma crise de pânico quando precisa saudar os fiéis na praça São Pedro, no Vaticano. Diante do problema, os conselheiros apelam para um psicanalista ateísta.
Com humor e muitas pontadas de crítica ao catolicismo, o diretor italiano Nanni Moretti, que interpreta o psicanalista, traça uma rota que leva a lugar nenhum. Não há um sentido para a história.
Moretti chegou a ter sua excomunhão pedida por um jornalista italiano ligado à Igreja Católica, Salvatore Izza. Claro, não é para tanto. Mas seu filme “peca” em não ter ápice. Quando se pensa que haverá algo bacana, um ponto para mudar ou “encaixar” a história, nada. E todos os personagens, inclusive o do papa, se perdem, sem objetivo. O que é o jornalista do começo, um tanto atrapalhado? Ele simplesmente some a partir do primeiro quarto da obra. Esse é apenas um exemplo. No fim, pura crítica à igreja católica.
Se é para criticar, que se busque algo sério, criticável. Mas Habemus Papam tenta transformar os cardeais em bobos e inseguros, em uma crítica injusta, até mesmo preconceituosa.
A comédia foi indicada para a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2011, mas perdeu para A Árvore da Vida. Não… não é tão ruim quanto, pois diverte em boa parte do tempo, mas mostra como Cannes esteve mal de escolhas no ano passado.
Melhor esperar a Sessão da Tarde trazer o filme.
Habemus Papam / Habemus Papam
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Direção: Nanni Moretti
Roteiro: Nanni Moretti
Elenco: Michel Piccoli, Jerzy Stuhr, Renato Scarpa e Nanni Moretti
Ano: 2012
Gênero: Comédia