Identidade Trocada

Identidade Trocada

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Quem diria que um dia eu fosse assistir a um filme com Éric Cantona? Ex-jogador de futebol, o bad-boy, considerado um dos responsáveis pelo ressurgimento do Manchester United nos anos 1990, pode até ter ficado mais famoso pela agressão a um torcedor do Crystal Palace – ele escalou a arquibancada e foi bater no cara. Mas jogava bem bola. E não é que depois de “velho” resolveu ser ator? Ele já havia feito papéis pequenos Elisabeth (1998) e Os Profissionais do Crime (2007), mas seu primeiro relevante foi em À Procura de Eric, no qual Cantona vive o próprio. Não tive coragem. Mas agora vi Identidade Trocada, para matar a curiosidade.

Cantona não vai mal. Também não é um espetáculo. O que é ruim é o filme. E a culpa é toda do roteiro, de Jean-Christophe Grangé e Frédéric Schoendoerffer (também diretor). Até que a ideia não é das piores. Sophie (Karine Vanasse, que aparece pelada a torto e a direito, sem qualquer razão) mora no Canadá e cadastra-se em um site de troca de casas. Ela decide passar férias em Paris e troca de residência com Bénédicte, uma completa desconhecida. Um dia depois de sua chegada, ela é surpreendida pela invasão de policiais em sua temporária casa, onde um homem decapitado é encontrado. Ela é confundida com Bénédicte, a assassina que agora está no Canadá.

O problema é que em casos como este não é difícil verificar quem realmente é a pessoa. A polícia francesa do filme é estúpida, o que Damien Forgeat (Cantona), chefe da investigação, chega a assumir com o passar do tempo. Não vou nem até teste de DNA, dando de barato que demore um certo tempo. Mas ninguém telefona para a mãe da canadense? E a passagem aérea dela? Amigos, conhecidos, familiares? Consulado? Para o cadastro do site, que some, inventa-se uma estapafúrdia habilidade hacker da assassina.

Mas o pior é que, após a canadense fugir da polícia, em uma cidade do tamanho de Paris, ela e Forgeat, o policial, se cruzam do nada! E não para por aí: quando a mãe da canadense surge, vem acompanhada de uma arma que mais parece uma bazuca. Ah, e a protagonista sabe bater, pois dá porrada em meia polícia.

De bom, até que o fim tenta encaixar a história. Mas de tão rocambolesca, fica difícil.

Identidade Trocada / Switch 


CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE 


Ficha técnica: 
Roteiro: Jean-Christophe Grangé e Frédéric Schoendoerffer
Duração: 100 min.
Elenco: Karine Vanasse, Éric Cantona, Mehdi Nebbou, Aurélien Recoing, Karina Testa, Maxim Roy e Bruno Todeschini
Direção: Frédéric Schoendoerffer
Gênero: Policial

Categorias: Ação

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