Infiltrado na Klan
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Infiltrado na Klan já de cara parece absurdo: é a história de um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan, a organização racista que prega a supremacia da raça branca. Mas é baseado na realidade vivida por Ron Stallworth (John David Washington). Por ser negro, obviamente, ele não participa das reuniões pessoalmente e, por isso, enquanto marca tudo por telefone seu parceiro Flip Zimmerman (Adam Driver) assume sua identidade junto aos membros da KKK.
O longa do diretor Spike Lee tem muitos méritos. Deixa no ar a época da história, e isso a liga a qualquer momento que o racismo aparece, inclusive o atual. As atuações são ótimas, com Washington e Driver no comando. E até o formato escolhido, que mistura uma série de referências do cinema, agrada – fica clara a homenagem ao Blacksploitation –movimento cinematográfico dos Estados Unidos que surgiu durante a década de 1970, no qual diretores e atores negros começaram a produzir uma série de filmes.
Porém, tem também problemas. Lee não se decide entre os gêneros policial, drama e a comédia. Em alguns momentos, o escárnio. Há falhas no roteiro, como o chefe da Ku Klux Klan jamais ouvir as risadas de policiais enquanto Washington fala com ele ao telefone. Mais: até a parte final há pouca ação.
No fim das contas, é um filme acima da média, um importante marco contra o racismo. Mas não é o melhor longa sobre o tema.
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Infiltrado na Klan / BlacKkKlansman
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2018
Duração: 136 min.
Direção: Spike Lee
Elenco: John David Washington, Adam Driver, Topher Grace e Laura Herrier
Gênero: Policial
