J. Edgard
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Leonardo Di Caprio parece não ser muito bem quisto pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que entrega o Oscar. Já foi indicado três vezes (Melhor Ator em O Aviador e Diamantes de Sangue e Coadjuvante em Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador)… e perdeu todas. E olha que o rapaz tem no currículo obras como A Origem, A Praia, Ilha do Medo, Os Infiltrados, Gangues de Nova York e, claro, Titanic. Sou fã dele. Seu mais recente é J. Edgar, um bom filme, com um Di Caprio novamente competente. À época do Oscar 2012 sua indicação era certa, mas dizem que ficou fora por causa de Demián Bichir, protagonista de Uma Vida Melhor. Justo.
Não é a melhor interpretação de Di Caprio, muito menos seu melhor filme. Não que ambos sejam ruins, nada disso. Mas ficam aquém do esperado. E olha que o diretor é Clint Eastwood!
O filme foca na carreira do mais famoso diretor do Federal Bureau of Investigation, o FBI, John Edgar Hoover. É o cara que criou o departamento em sua forma federal, e por lá ficou 48 anos. Neste tempo todo o homem fez coisas incríveis, afinal, falamos do FBI. Mas o filme foca sua personalidade, para passar a destacar sua suposta homossexualidade.
Está certo, é um bom aprendizado. Estão lá alguns casos de chantagem dele contra presidentes – Hoover passou ileso por oito mandatários dos Estados Unidos, sob forte suspeita de “sobreviver” às custas de dossiês. Também são mostradas sua competência e dedicação para criar modernas ferramentas de investigação. Mas tudo é muito morno!
Hoover foi temido e admirado por décadas. E seus feitos – só alguns aparecem – ficam com uma narração monótona, em um filme escuro e até mesmo com uma narrativa confusa. Di Caprio aparece como Hoover em seus 20 e poucos anos e mais velho, já idoso. Mas nesta segunda fase parece o Benjamin Button ao nascer. Está acabado. A maquiagem é artificial, com cara de borracha.
Ao terminar o filme fica a sensação de faltar algo. Naomi Watts e Judi Dench passam quase despercebidas. A primeira é a fiel escudeira de Hoover, sua secretária. Dench é a mãe super protetora. Não se destacam.
J. Edgar é, repito, um bom filme. Mas falta algo…
J. Edgar
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Dustin Lance Black
Elenco: Leonardo DiCaprio, Armie Hammer, Naomi Watts, Josh Lucas e Judi Dench
Gênero: Drama
Ano: 2011
Duração: 137 min.
Fernanda, sabe que o tema da maquiagem é polêmico mesmo. Tenho certeza que muita gente adorou. Mas eu achei fake. Gostei da maquiagem, por exemplo, da personagem da Naomi Watts. Mas os outros dois, para mim, ficaram "emborrachados".
A história realmente é boa. Mas o Edgar Hoover tem (teve, na verdade) muito mais a contar. Vale o ingresso, mas pensei que seria melhor.
Gostei bastante deste. Boa história. Acho que Di Caprio (muso!) encontrou o tom e conseguiu humanizar um personagem tão carrancudo. Impossível não se pegar torcendo por ele! E também tenho que discordar no quesito "maquiagem", achei incrível a transformação.