Liga da Justiça

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2.5 out of 5
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Está faltando imaginação na casa de Batman, Mulher-Maravilha e Super-Homem, a Warner/DC Comics. Liga da Justiça, primeiro filme do estúdio a reunir o trio a outros nomes de peso – Ciborg, Flash e Aquaman – é uma bela cópia do que Os Vingadores já apresentou, de maneira avassaladora.

O tom dramático e sombrio estabelecido em Homem de Aço, filme que retratou Super-Homem para dar origem agora ao grupo que salvará o mundo, ficou para trás. O clima de aventura com pontos de comédia, tão característico do grupo da Marvel e já introduzido pela Warner/DC Comics em Mulher-Maravilha, é a direção tomada.

Não para por aí. A caracterização de cada personagem é muito semelhante. Ciborg é a cópia escarrada de Homem de Ferro. Super-Homem virou o Hulk – uma força tão absurda que, quando o bicho pega, sabe-se que só ele resolverá o problema. Aquaman é Thor – de um reino distante, surge fortão e bonitão com os cabelos compridos e um martelo – ops, um tridente – na mão. E Flash é Homem-Aranha – garoto, cômico, sem acreditar que faz parte de um grupo de heróis.

Faltam Batman e Mulher-Maravilha, né? Bruce Wayne mascarado ainda tem um tantinho só de sombrio, mas cada vez mais está próximo de Capitão América – o mais sério dos Vingadores, mas não tanto quanto o Homem-Morcego. Ambos não têm poderem sobre-humanos (Capitão é muito forte, mas perto dos colegas isso é pouco), no entanto viraram líderes sendo humanos.

E Mulher-Maravilha une Gavião Arqueiro (as Amazonas não cansam de usar a ferramenta, mas ela usa um laço) e Viúva Negra, mulher, bonita, sedutora, forte na luta corpo a corpo e estrategista.

O longa não é ruim. Mas é mais do mesmo. Destaque para Flash, o melhor personagem, interpretado pelo ótimo Ezra Miller. É sempre ele quem tem as melhores sacadas e falas. É o “desafogo” do filme. E existe uma nítida tentativa de dar mais peso a Mulher-Maravilha. Afinal, por que ela jamais lidera? Isso é bom, uma mudança aos tempos atuais.

Aliás, quem gosta de ação tem um prato cheio – e este é outro ponto positivo. Os enfrentamentos são grandiosos e cheios de sopapos. Pena que o vilão seja um alien que quase tudo consegue. Isso facilita a vida dos roteiristas – afinal, é preciso uma força descomunal para fazer frente a cinco super-heróis. Mas eu acho chato – basta estalar um dedo e os adversários são quase mortos.

Há alguns pisadas de bola desnecessárias. Jesse Eisenberg é creditado já no começo do filme, por exemplo. E isso mostra que Lex Luthor aparecerá no longa, quebrando a surpresa.

Também não entendo porque em momento algum são citados os apelidos de Flash e Ciborg – só os nomes das pessoas por trás dos heróis. Algum buraco em contrato? Note: dos novos, somente “Aquaman” é chamado assim (uma só vez, por Batman).

Liga da Justiça é diversão certa. Mas fica longe de seu concorrente direto. Que venha o Esquadrão Suicida agitar este mundo de fantasia!

 

Liga da Justiça / Justice League

CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO

Ficha técnica:
Duração: 120 min.
Ano: 2017
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Chris Terrio e Joss Whedon
Elenco: Gal Gadot, Jason Momoa, Henry Cavill, Ben Affleck, Amy Adams, Jesse Essenberg e Ray Fisher

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