Marias – A Fé no Feminino

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Você sabia que os 24 países da América Latina têm Maria, a mãe de Jesus Cristo, como padroeira? Eu não. Você talvez não. E a cineasta Joana Mariani também não. Foi essa descoberta que atiçou nela a vontade de “entender mais sobre a importância dela (Maria) nestes lugares”. E aí nasceu a ideia do documentário Marias – A Fé no Feminino.
O nascedouro do filme foi relatado por Joana em entrevista ao jornal Metro no fim de 2016. Foi quando o longa estreou nos cinemas brasileiros. Agora, está disponível na TV por assinatura, especificamente no Now. É tão bem roteirizado e dirigido que encanta!
Contado por meio de histórias que começam no Brasil e terminam no México, passando por Cuba, Peru e Nicarágua, “Marias” entrega uma jornada pelos diferentes nomes dados à santa. Se por aqui Nossa Senhora Aparecida chega com a história da restauradora que remontou a imagem despedaçada por um louco na Basílica de Aparecida do Norte, no México a abordagem é sobre a devoção a Nossa Senhora de Guadalupe como um milagre coletivo: a união de um povo em torno de uma santa.
Porém, o trecho que mais impressiona é o da Nicarágua (e todos são incríveis, hein). A devoção não respeita qualquer separação, é também de religiões com origem africana. Um pouco como acontece por aqui com Iemanjá, mas mais forte.
Dos seis personagens, são quatro Marias e dois José Maria. Até há nomes não ligados à santa, mas são exceção.
Inicialmente o documentário pensado por Joana seria sobre fé, devoção e as diferentes maneiras de celebração da Nossa Senhora em cada país. Mas aos poucos cresceu seu olhar para a força da figura feminina em famílias.
“Eu sempre digo que você não dirige o documentário, ele te dirige. Então, fomos sendo levados para esse olhar de generosidade, cuidado, acolhimento do feminino”, disse a cineasta ao Metro.
MARIAni, a diretora, acerta em cheio.
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Marias – A Fé no Feminino
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!
Ficha técnica:
Direção: Joana Mariani
Ano: 2016
Duração: 75 min
Gênero: Documentário