Miragem
Rating
Total
Miragem começa como uma bomba para o espectador. Um prédio fica sem energia e, ao descer as escadas no escuro, David Stillwell fica confuso. Ele cruza com pessoas que dizem o conhecer há anos, sem que ele se lembre delas. E a partir daí sua vida fica estranha: a geladeira em seu apartamento aparece vazia, mas em seguida está cheia. No bar que frequenta rotineiramente o barman já não sabe qual seu drink preferido. Uma mulher linda cruza com ele a todo momento, mas com um lado obscuro. É um início extasiante!
Pena que o ritmo cai com o passar dos minutos. Sim, vale o ingresso. Mas se Miragem continuasse como nos primeiros minutos… seria histórico!
De 1965 (refilmado em 1968 como A Noite Convida o Crime), o filme é muito bem editado, só com diálogos necessários, sem enrolação. Nada de didatismo. O espectador sabe o que aconteceu mesmo sem a imagem mostrar. É intrigante o que se vê na tela. Até que a parte final chega e as coincidências parecem demais.
Após a cena em que uma menina, por sorte de Stillwell, está na cena de um crime e o ajuda, o longa descamba. A cena destoa. E aí cai o nível.
O protagonista é Gregory Peck. Walter Matthau, novinho, vive o detetive que passa a auxiliar Stillwell. É sua única ajuda. Os dois comandam um elenco competente, com Diane Baker, linda, também se destacando.
O desfecho final é facilitado pelas coincidências. Uma pena. Mas nada que estrague totalmente o filme. Merece ser visto.
Miragem / Mirage
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Edward Dmytryk
Elenco: Gregory Peck, Diane Baker, Walter Matthau, Kevin McCarthy e George Kennedy
Gênero: Suspense
Ano: 1965
Duração: 109 min.