Moscou

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Nem a pau, Juvenal!

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Moscou conseguiu entrar para a lista dos piores filmes que assisti. E Eduardo Coutinho, o cineasta que já fez Cabra Marcado para Morrer (não vi), o ótimo Edifício Master, o fraco Peões e o estupendo Jogo de Cena, caiu drasticamente no meu conceito. Não que isso valha algo, a não ser para mim, mas é um fato.

“Depois de Jogo de Cena, você leva a um certo limite o tipo de cena que você faz. Eu não tinha mais… O que eu ia fazer?”. A frase de Coutinho, em entrevista à época do lançamento de Moscou, é correta. Jogo de Cena realmente é um baita documentário, difícil de ser superado, inovador. Mas não era preciso inventar qualquer coisa para tentar superar o filme.

É essa a sensação que fica. Moscou é um documentário sobre os ensaios do mineiro Grupo Galpão para a peça “As Três Irmãs” (elas querem ir a Moscou de qualquer jeito, daí vem o nome do filme), do russo Anton Tchecov. É só isso. Não tem começo, meio e fim, não tem enredo. São só os ensaios. Os atores ficam interpretando, muitas vezes para as câmeras, sem qualquer motivo. Mesmo porque a peça não seria encenada, pois o trabalho dos atores foi apenas para o filme. Coutinho queria captar o processo, não o resultado final. Conseguiu, mas com uma chatice atroz.

Há algum alento quando os atores falam de suas frustrações na vida real, mas é por pouco tempo, por meros minutos. Logo o filme volta a retratar apenas os ensaios, em um sequência que, de tão enfastiante, parece não ter fim.

Que pena, Coutinho.

Moscou

CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!

Ficha técnica:

Gênero: Documentário
Ano: 2009
Direção: Eduardo Coutinho

Categorias: Documentário
Tags: Moscou

Sobre o Autor

Comentários

  1. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 13 junho, 2011, 16:42

    É ruim pacas!!! Filmar teatro já é ruim. Filmar ensaio de teatro, pior. Sem edição competente, medo!

  2. Diana Medeiros
    Diana Medeiros 13 junho, 2011, 15:23

    Gente, nem tanto para Flávia, nem tanto para o Danilo… Não é o pior filme de todos os tempos. Tem momentos bons. Mas também não chega a emocionar. Não é uma perda de tempo completa, mas também não precisa ser visto para ontem.

  3. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 9 junho, 2011, 23:56

    Marina, é uma boa ideia. Depois de ver este e Peões, já perdi a esperança.

  4. Anônimo
    Anônimo 9 junho, 2011, 21:27

    Não vi e também não vou ver! O último foi jogo de cena,e quero deixar na memória e no meu coração todo amor que sinto por Coutinho!

    Ma

  5. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 8 junho, 2011, 15:31

    Eu devia ter dormido… teria sido melhor.

    Este filme é chato… você está sendo muito benevolente com o diretor. Mesmo tendo feito ótimos filmes, também faz porcaria. Prefiro ele sem estética, mas com boas histórias, sem inventar.

  6. Flavia Braz
    Flavia Braz 8 junho, 2011, 15:09

    Li diversas entrevistas do Coutinho quando do lançamento do filme e ele mesmo se mostrou desanimado com o processo de criação e com o próprio resultado. Estava maluca para assistir ao filme, até porque ADORO o trabalho do Coutinho. O fato é que, diferentemente de vocês, gostei do filme. Acho que foge bastante a tudo que ele já produziu. Até o cuidado estético me pareceu maior desta vez, mas a pegada é outra.
    Mas eu gostei e cheguei a me emocionar (não disse chorar, disse emocionar) com a atuação da galera do Grupo Galpão, que é muito boa.
    Gostei de ver os caras vivendo aquilo o tempo todo e o próprio processo de construção dos personagens.
    Está longe de ser um ótimo filme, mas é um bom filme. Um filme ok.

  7. Angélica Vilela
    Angélica Vilela 5 junho, 2011, 15:44

    Olha, eu tinha todo os motivos para gostar do filme: desde a memória da apresentação do grupo galpão na minha escola em BH até os bons documentários do mesmo diretor. Mas, como o Danilo, achei péssimo o filme. Minha resposta a um filme sem roteiro algum foi a única possível: dormir.

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