O Lar das Crianças Peculiares
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Tim Burton é meio maluco, no bom sentido, em seus filmes. Desde Beetlejuice – Os Fantasmas Se Divertem, passando por Edward Mãos de Tesoura e Marte Ataca! e chegando a Grandes Olhos, ele mostra-se peculiar. Peculiar, aliás, é o título deste O Lar das Crianças Peculiares, a mais recente empreitada do diretor.
Burton se liberta. Baseado na história de O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares, livro de Ransom Riggs, o longa é a cara de Burton, que obviamente o escolheu por este motivo para levá-lo ao cinema. Mas aí, incrível, está a falha do longa.
O diretor exagera. Pode-se tudo, sem uma espinha dorsal. A história parte de um garoto solitário, Jake (Asa Butterfield), que parte com o pai para o País de Gales após a estranha morte do avô (Terence Stamp). Lá ele encontra uma mansão abandonada, atingida durante a Segunda Guerra Mundial, que abriga uma fenda temporal comandada pela srta. Peregrine do título (Eva Green, sempre forte), cuja missão é justamente cuidar das tais crianças peculiares.
E quem são as crianças? Parecem X-Men. Há uma adolescente aerocinética, que pode respirar e criar bolhas líquidas dentro d’água. Outra criança pode ressuscitar os mortos e trazer à vida objetos inanimados por um tempo limitado. Há a pirocinética, que mexe com fogo. Enfim… as crianças têm poderes.
Samuel L. Jackson é um vilão pra lá de cartunesco. Cabe a ele tentar capturar as crianças peculiares.
Não li, mas dizem que o livro é menos infantil. O filme cai na mesmice para quem acompanha a carreira de Burton. Como o roteiro permite tudo, fica divertido só para ele, mas não cativa o espectador.
E ainda há um romance para deixar mais clichê.
O Lar das Crianças Peculiares / Miss Peregrine’s Home For Peculiar Children
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Duração: 123 min.
Direção: Tim Burton
Elenco: Eva Green, Asa Butterfield, Samuel L. Jackson, Judi Dench, Rupert Everett, Terence Stamp, Ella Purnell e Allison Janney
Gênero: Aventura