O Maestro
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Em Nasce Uma Estrela, Bradley Cooper surgiu como diretor. Arrasando. Conquistou corações e críticas. Eis que agora chega com O Maestro, contando a história de Leonard Bernstein. E perde a mão.
Fica a nítida impressão de que Cooper se levou a sério demais. Tecnicamente, o longa de pouco mais de duas horas é muito bom. O problema é que ele parece levar cinco horas, de tão enfadonho que se torna.
Dos enquadramentos ao uso de cores, Cooper quer mostrar que sabe o que faz. Também no papel principal é assim. Ele, que criticou Cillian Murphy por se preparar por seis meses para seu personagem em Openheimer, diz que demorou sete anos para acertar o papel de Bernstein. Pode realmente estar igual ao real, mas parece forçado. Culpa do roteiro, e de um nariz claramente falso no rosto do ator.
A história de Bernstein é recontada por meio do relacionamento com Felicia Montealegre, muito bem interpretada por Carey Mulligan.Ela, sim, arrasa em cena. No filme, Felicia compreende e aceita a bissexualidade de seu marido, enquanto, simultaneamente, almeja um casamento convencional. Digna de um Oscar, a performance da atriz, no entanto, não consegue sustentar o longa.
Cooper precisa lapidar melhor suas narrativas para ser mesmo o próximo Clint Eastwood, um de seus ídolos e ícone de ator-diretor em Hollywood.
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O Maestro / Maestro
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Ano: 2023
Duração: 129 min.
Gênero: Drama
Direção: Bradley Cooper
Elenco: Bradley Cooper, Carey Mulligan, Matt Boomer e Sarah Silverman