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O que me chamou atenção na sinopse de O Mistério de Henri Pick foi a Livraria de Manuscritos Rejeitados. Lembrou-me os livros de Carlos Ruiz Zafón e seu Cemitério dos Livros Esquecidos. O filme francês emula a ideia do autor espanhol. É bom, não tanto quanto a tetralogia de livros.

Daphné Despero (Alice Isaaz) é uma editora que, em visita a seu pai em Crozon, na Bretanha, decide conhecer a tal Livraria de Manuscritos Rejeitados, uma seção que, dentro de uma comum livraria, guarda os originais de textos negados por editoras. Ela se encanta com uma história escrita por um pizzaiolo da cidade, Henri Pick.

Publicado, o livro vira um sucesso. Porém, chama atenção de um crítico literário, Jean-Michel Rouche (Fabrice Luchini), tão pedante quanto competente. Ele, então, passa a se dedicar a investigar se o pizzaiolo, falecido dois anos antes, é o real autor da obra.

É divertido acompanhar a trajetória de Jean-Michel. O roteiro pisa na bola ao colocar a filha de Henri, Joséphine Pick (Camille Cottin), para acompanhá-lo na investigação, com um clima de romanc no ar. Fica invesrossímel.

Apesar disso, O Mistério de Henri Pick entretém. Não há um clima de adoração aos livros que Zafón, morto há poucos dias, tão bem criou. O que interessa no longa-metragem é a solução da suspeita do crítico Rouche. E o final completa bem a história.

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O Mistério de Henri Pick / Le Mystère Henri Pick
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2019
Duração: 101 min.
Gênero: Drama
Direção: Rémi Bezançon
Elenco: Fabrice Luchini, Camille Cottin e Alice Isaaz