O Pintassilgo
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O Pintassilgo não é um filme fácil. Filmes difíceis, se bons, geralmente marcam, enquanto os fáceis são diversões passageiras. Há neste trabalho do diretor John Crowley um estilo semelhante a seu antecessor, o muito bom e difícil Brooklin. Porém, com idas e vindas entre dois momentos no tempo, fica artificial a dificuldade em compreender o que se passa na tela. Aí é evidente uma desvantagem.
Não que essas idas e vindas estraguem a obra por completo. Não. O filme é bom, mas seria melhor se fosse mais enxuto.
Crowley novamente opta por um ator/atriz de qualidade e da nova geração de Hollywood para o protagonismo. Se em Brooklin Saoirse Ronan ótima, em O Pintassilgo Ansel Elgort não encanta.
Elgort vive Theo na fase adulta, quando ele é um vendedor de móveis clássicos. Oakes Fegley interpreta Theo adolescente, quando perde sua mãe em um atentado no Metropolitan Museum of Art. É nesta sequência que Theo, e o filme, se prende. E dá-lhe vai e volta no tempo.
O Pintassilgo é o título de um quadro (ao lado) de Carel Fabritius que fica com Theo após a explosão. Está nesta pintura um segredo. John Crowley atenta aos detalhes (tem no figurino uma fortaleza) e por isso escolheu a obra de Fabritius por ela ter uma história de perdas de posse que casa com o roteiro.
Com menos coadjuvantes e subtramas, que surgem e desaparecem em um piscar de olhos, O Pintassilgo teria tudo para marcar. Não consegue. Fica sendo apenas um filme difícil.
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O Pintassilgo / The Goldfinch
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Fiche técnica:
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 150 min.
Direção: John Crowley
Elenco: Ansel Elgort, Oakes Fegley e Nicole Kidman