O Planeta dos Macacos

O Planeta dos Macacos

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O Planeta dos MacacosEsse é um dos meus preferidos. Quando era criança, assisti a toda a série, que me marcou. Vi o primeiro novamente neste sábado – o original, de 1968. E mais uma vez achei sensacional. O Planeta dos Macacos é um baita clássico, uma obrigação para quem gosta de filmes, ainda mais os de ficção científica.

O filme, que nesta vez me pareceu muito um “pai” da série Lost, é baseado no livro de Pierre Boulle, roteirizado por Michael Wilson e Rod Serling e dirigido por Franklin J. Schaffner. Mesmo com 42 anos de lançamento, é sempre atual. Tornou-se sucesso no fim da década de 60, marcando muita gente: por exemplo, a frase “Tire suas mãos de mim seu macaco imundo!”, dita por Charlton Heston, foi uma das mais faladas no mundo.

Começa com um grupo de astronautas liderados por George Taylor em uma jornada à velocidade da luz no espaço. Seguindo a teoria da relatividade do filme, o tempo passa bastante devagar para eles, apenas alguns poucos anos desde o início de sua jornada do ponto de vista deles. Já na Terra, centenas de anos transcorreram. Após entrarem em modo de hibernação, com milhares de anos tendo se passado na Terra, Taylor e seus companheiros caem em um planeta desconhecido e aparentemente selvagem. Logo descobrem estar em um mundo de pesadelo, onde humanos primitivos e mudos são controlados por uma raça de macacos intelectualmente desenvolvidos.

Capturado e tratado como uma aberração, Taylor conta apenas com a ajuda de um casal de gentis cientistas progressistas, Zira e Cornelius (mais tarde o sobrinho de Zira ajuda também), que vêm chocando o mundo com novas teorias sobre a relação entre humanos e macacos, provocando reações do conservador Doutor Zaius. Com a chegada do terráqueo, Zaius vê seu mundo ameaçado e fará tudo para silenciar seus colegas e conter Taylor. Mas há mais mistérios no planeta dos macacos que o próprio protagonista pode supor.

Vencedor do Oscar de Maquiagem, o filme é inovador. Mesmo atualmente as máscaras não são bizarras ou engraçadas. Charlton Heston manda muito bem como protagonista. As mensagens do filme – são muitas – ainda conseguem ser transmitidas para o público atual. Não é à toa que foi o primeiro filme de ficção a ter tantas seqüências, abrindo as portas para Guerra nas Estrelas.

Vi no site Cinema com Rapadura a seguinte definição, que me pareceu perfeita: “Ressalte-se o ritmo perfeito do filme, em um crescendo magistral orquestrado pelo diretor Schaffner, que trabalhou bem na montagem da fita ao lado do editor Hugh S. Fowler. Em um clima de tensão constante, os mistérios da trama são revelados aos poucos, mantendo o espectador grudado na tela até o último frame da película. Sem cenas de ação extremamente elaboradas, ao menos para os padrões atuais, é a própria história e seus interessantes personagens que capturam a atenção do espectador”. Um ponto a acrescentar, para ratificar o clima de tensão do filme. A música, mais para efeitos sonoros, é ótima, de Jerry Goldsmith

O Planeta dos Macacos é uma obra extremamente madura e adulta, devendo ser conferida não apenas por seu valor histórico e cultural junto à sétima arte, mas como uma alegoria séria realizada em uma época na qual a humanidade podia ver seu fim a qualquer momento.

Talvez por ter adorado este filme e suas quatro seqüências (muito pensadas previamente ao primeiro, bem montadas, sempre com suspense e tensão), não gostei de Planeta dos Macacos (sem o “O”), de 2001. Não que seja péssimo, mas são obras bem diferentes.

A cena final do filme é antológica e marcou a história do cinema sendo o filme considerado um libelo anti-Guerra Fria. Mas há muitas outras, como a do homem e da macaca se beijando e a da boneca velha que fala. É claro que ver um filme com mais de quatro décadas é notar algumas falhas, mas que se tornam pequenas diante da grandeza da obra. Ah, o fim do filme tem aí pela internet, mas é interessante que ele é confirmado e desconfirmado durante as seqüências. Vou deixar fim da série em suspense. Vale muito ver todos para confirmar teses ou vê-las desmontadas.

O filme possui várias diferenças da obra original:
· O herói não é um jornalista francês chamado Ulysse Mérou, mas um astronauta americano chamado George Taylor.
· Os humanos usam roupas feitas de peles de animais, enquanto no livro estão nus.
· A tecnologia da sociedade símia é bastante primitiva no filme. No livro, os macacos tinham equipamentos como carros, helicópteros, televisões etc. A decisão de fazer o filme assim foi tomada pela produção para poupar gastos.
· No filme os macacos falam inglês, enquanto no livro falam uma língua completamente diferente. Ulysse tem que aprendê-la até poder se comunicar com os macacos, enquanto no filme Taylor sofre um ferimento na garganta e não pode falar até se curar.

Essas são as quatro sequências:
· De Volta ao Planeta dos Macacos, 1970
· Fuga do Planeta dos Macacos, 1971
· A Conquista do Planeta dos Macacos, 1972
· Batalha do Planeta dos Macacos, 1973.

Ficha técnica

O Planeta dos Macacos / Planet os Apes

CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER

Elenco: Charlton Heston, Roddy McDowall, Kim Hunter, Maurice Evans e James Whitmore
Duração: 111 min.
Gênero: Ficção Científica
Roteiro:Michael Wilson e Rod Serling, baseado em livro de Pierre Boulle
Produção:Arthur P. Jacobs
Música: Jerry Goldsmith
Fotografia: Leon Shamroy
Direção de arte: William J. Creber e Jack Martin Smith
Figurino: Morton Haack
Edição: Hugh S. Fowler

Categorias: Ficção

Sobre o Autor

Comentários

  1. Marcelo
    Marcelo 3 maio, 2011, 21:26

    Classe! Não envelheceu nem um pouquinho!

  2. Anônimo
    Anônimo 2 fevereiro, 2011, 00:41

    AA GENTE , PARA , ESSE FILME É O MELHOR ! ASSISTI O PRIMEIRO E O DE VOLTA AO PLANETA DOS MACACOS, AGORA QUERO ASSISTIR O TERCEIRO

  3. Anônimo
    Anônimo 15 julho, 2010, 10:15

    Tambem assisti aos 10 anos.. Não dormi naquela noite…

  4. Carmensita Maria
    Carmensita Maria 1 junho, 2010, 00:36

    Simplesmente fantástico. Assisti a primeira vez aos 10 anos e, agora novamente aos 52 anos. Continuo a me impressionar com a veracidade dos diálogos e premonições.
    Carmensita Maria

  5. Marina Sampaio
    Marina Sampaio 23 março, 2010, 21:56

    Os homens realmente são macacos que falam!
    Não podia perder!

  6. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 23 março, 2010, 21:35

    Vcs não entendem nada de macacos…

  7. Diana Medeiros
    Diana Medeiros 23 março, 2010, 21:16

    Danilo filosófico! Risos.

  8. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 23 março, 2010, 21:04

    Mas todos somos macacos que falam!!!! Agora, que dá medo, ah, isso dá.

  9. Diana Medeiros
    Diana Medeiros 23 março, 2010, 18:00

    Macacos feios e bizarros. Medo! Muito medo! Já tentei ver mas nao consegui não. Não gosto de filme com bicho que fala. Ainda mais bicho que parece gente e fala. Sonhei com os bichos… Muito medo! Rs.

  10. Marina Sampaio
    Marina Sampaio 23 março, 2010, 17:55

    A tá, então macaco bizarro pode e assassinos psicopatas não!?!?!?! rs
    Acho muito muito bom mesmo!

  11. Danilo Vicente
    Danilo Vicente Author 22 março, 2010, 15:46

    É de dar medo mesmo. por isso que eu gosto.rs

  12. Renata Rogatto
    Renata Rogatto 21 março, 2010, 20:46

    Tenho implicância com esse filme. Medo da trilha sonora e dos macacos. Passo.

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