O Silêncio do Pântano
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Com o sucesso de A Casa de Papel, o elenco da série ganhou visibilidade e passou a ser muito mais requisitado. O Silêncio do Pântano traz o melhor personagem do sucesso da Netflix para um thriller de suspense psicológico, a cara de Berlim, ou de seu intérprete Pedro Alonso.
Porém, e este “porém” é bem importante, o filme comprova que um bom ator não consegue segurar sozinho um roteiro cheio de buracos. Nem dois atores, na verdade, pois Nacho Fresneda, da outra série espanhola O Mistério do Tempo, também manda bem… mas é insuficiente.
O mote da trama é interessante. Pedro Alonso interpreta um escritor da cidade de Valência (que estaria sobre o pântano do título), na Espanha, sucesso com uma série de livros sobre um assassino psicopata que mata sem motivo. Segundo o escritor revela a uma fã: “porque ele pode”. Eis que as histórias do escritor e seu personagem são entrelaçadas. Alonso interpreta ambos e aí está o problema: nunca fica claro quem está na tela.
A confusão parece ser proposital. O diretor Marc Vigil coloca os atores com as mesmas roupas. A ideia parece ser gerar a dúvida.
Porém, olha o “porém” de novo, fica uma bagunça em cena.
Nacho Fresneda é o traficante opositor do personagem de Alonso, um ameaçador assassino que encara a vida como uma disputa constante de matar ou morrer.
O longa tenta explorar uma face de Alonso que é bem semelhante ao Berlim de A Casa de Papel: ambos são lunáticos. O do seriado, entretanto, fica bem mais interessante.
São 92 minutos da promessa de um filme interessante, o que nunca chega.
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O Silêncio do Pântano / El Silencio del Pantano
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Ano: 2019
Duração: 92 min.
Direção: Marc Vigil
Roteiro: Sara Antuña, Carlos de Pando
Elenco: Pedro Alonso, Nacho Fresneda e Carmina Barrios
Gênero: Suspense