O Terceiro Homem
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O Terceiro Homem é um filme britânico de 1949, de suspense. Velhinho. Mas em 2011 a revista inglesa Time Out o elegeu como o segundo mais importante da Grã-Bretanha, atrás apenas de Inverno de Sangue em Veneza. Lá fui eu assistir. E percebi que a revista e seus 150 especialistas, entre eles Sam Mendes, Mike Leigh e Wes Anderson, têm, para ser polido, gosto diferente do meu.
É impossível que estes dois sejam os melhores filmes britânicos de todos os tempos. Dirigido por Carol Reed, baseado em história de Graham Greene e Alexander Korda, O Terceiro Homem é bom. Mas está longe de ser espetacular. Ou a filmografia dos países britânicos é fraca, o que não é verdade, ou a eleição foi injusta.
O grande Orson Welles está no filme, mas em um papel menor (uma curiosidade: entre 1951 e 1952 ele estrelou uma série de rádio que narrava as aventuras de seu personagem antes dos eventos mostrados no filme). Joseph Cotten protagoniza a obra, vivendo um escritor americano que chega a Viena logo após a Segunda Guerra Mundial, e descobre que seu amigo Harry Lime (Welles) foi morto sob circunstâncias misteriosas. Ele passa a investigar o caso: três homens ajudaram a vítima após um atropelamento, mas somente dois estão identificados.
O filme levou o Oscar de Fotografia – Preto e Branco e concorreu em Direção, Montagem e Edição. Merecido, pois o jogo de luzes e sombras é muito legal. No Festival de Cannes levou o Grande Prêmio (equivalente à Palma de Ouro, que começou em 1955). Repito: é bom. E para o fim da década de 1950 deve ter se mostrado espetacular. Mas hoje em dia, com mais de 60 anos à frente, há outros muito melhores.
O Terceiro Homem / The Third Man
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Carol Reed
Roteiro: Graham Greene e Alexander Korda
Elenco: Joseph Cotten, Alida Valli, Orson Welles e Trevor Howard
Ano: 1949
Gênero: Suspense