Os Famosos e os Duendes da Morte
Rating
Total
Sabe aqueles filmes que a maioria dos críticos adora? Aqueles sem pé nem cabeça… ou melhor, aqueles filmes-cabeça, que nós, meros mortais, abaixo da linha dos “entendedores” de cinema, simplesmente odiamos. Sim… aqueles que são elogiados nas resenhas por “investigar os conflitos universais que desafiam todos os seres humanos” ou qualquer pataquada parecida. Esses filmes acabam de ganhar sua obra-prima brasileira: Os Famosos e os Duendes da Morte.
Putz, que filme chato. Sim, é chato mesmo. Que me desculpem os (pseudo) intelectuais e os participantes da obra, mas não passa disso. Relata a vida de um menino adolescente que só fica na internet, postando textos (chatos) em seu blog e teclando no Messenger, e pensando em uma garota, que aparece nos devaneios sempre acompanhada de um cara que parece o Bob Dylan.
São 101 minutos de cortar os pulsos – aliás, é isso que o menino do filme quer fazer. Do nada (não se explica), a cidade (lá pro terceiro quarto do filme) vira a terra dos suicídios. Percebemos que as pessoas costumam se jogar de uma ponte (aliás, de uma altura que não tem como morrer), e que ele está indo para o mesmo caminho.
Mas nem aí há qualquer movimentação, qualquer fato novo. De bom, dois pontos: a trilha sonora estilo Dylan e a possibilidade de acelerar o DVD a todo momento, nas cenas intermináveis sem qualquer diálogo. Ah, e qual o motivo do título? “Duendes da Morte” dá pra tentar adivinhar. Mas e “Os Famosos”? Não… o mortal aqui não captou.
“Sutileza poética”, “clima retrô”, “identificação entre espectador e personagem”… blá blá blá. Os outros sites de cinema descrevem assim o filme (baseado em livro homônimo de Ismael Caneppele, que faz o parecido com Dylan). Não acredite neles. Aqui, pelo menos, a gente “não entende, mas comenta” a verdade.
Os Famosos e os Duendes da Morte
CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!
Ficha técnica:
Elenco: Henrique Larré, Ismael Caneppele, Tuane Eggers, Samuel Reginatto, Áurea Baptista
Roteiro: Esmir Filho e Ismael Caneppele
Direção: Esmir Filho
Duração: 101 min.
Gênero: Drama
Que bom que concordamos, Mrs Dalloway. Já faz tempo, mas achei péssimo.
Obrigado pela visita.
Feliz em saber que alguém compartilha da mesma opinião. Achei chato sim. Minha humilde opinião.
Gosto é gosto, eu pessoalmente acho esse filme mais bem feito que qualquer filme idiota de romance que no final termina com um belo beijo e todo mundo feliz.
Concordo inteiramente. Acho que tem de fazer de tudo. Há espaço para qualquer tipo de filme – muitas vezes mais e muitas vezes menos espaço. Mas sempre há.
Mas volto ao ponto do debate: ser diferente não é necessariamente ser bom.
KKkkkkkkk! Que bom, então, fico aliviada!
Mas continuando a discussão, acho que vale sim a tentativa de ser diferente. Pelo menos na questão do cinema nacional vale, e muito.
Quando o Se Eu Fosse Você se tornou um grande sucesso de bilheteria, muita gente caiu de pau por ser uma produção da Globo. Mas se fosse um filme de favela, todo mundo ia dizer que no Brasil só se faz isso. Quando o 2 Filhos de Francisco se tornou um sucesso, muita gente ficou torcendo o nariz por se tratar da biografia de uma dupla sertaneja, e assim vai. Se não são esses caras que se metem a fazer o diferente, ninguém vai atrás.
Graças aos ruins e aos bons, a indústria cinematográfica brasileira está se reerguendo, se afirmando.
Concorda?
Vou tentar ver so pra vir aqui e falar bonito assim!rs
Dani, a culpa é sua, então!!!!rs Ontem fiquei tentando lembrar qem me indicou. Culpa sua!!! rs
Você tem razão em tudo que escreveu. E por isso é legal ter um blog pra escrever e comentar. É ótima a diversificação do cinema nacional. Pensei nisso. Mas tambem penso que isso não tira a questão principal em um filme: ser bom ou ruim.
O cinema nacional com base em Cidade de Deus é geralmente bom ou ótimo. E fazer algo diferente só pra ser diferente não vale… Ou será que é um começo de mudança e, então, vale?
Tenho um "lema" que é ver todos os filmes, bons ou ruins, pois sempre aprendo algo. Por isso, não se preocupe. Ah, vc ainda tem credito nas indicações… rs
Nossa Danilo, agora tô me sentindo bem mal por você… afinal de contas fui eu quem indicou o filme.
Mas espero, de verdade, que a experiência tenha valido, de alguma forma.
Aprendi a apreciar filmes pela maneira como são contados ou pelos atores que os estrelam, não necessariamente por sua história. E sei que sempre tem aquele filme que “não desce”.
Acho que pra quem assiste filmes em grande quantidade, já não vale mais o “gostei” ou “não gostei”, a gente começa a ver os filmes de uma outra forma. E eu, que sou uma apaixonada e defensora do cinema nacional da Retomada, acabo sendo… qual é a palavra? Permissiva, com o cinema brasileiro.
Porque caramba, ainda estamos construindo uma identidade cinematográfica, e filmes como Os Famosos, que se passam em vilarejos no sul do país, vêm só para mostrar que o cinema nacional é tão diversificado quanto a nossa cultura.
E nesse sentido, este filme tem um grande valor para mim, além do que, a fotografia é linda.
Isso não foi uma defesa, nem uma crítica à sua crítica. Na verdade é só uma justificativa (para não me sentir tão mal em ter te feito perder tempo com um filme chato, rs).
Mas fique tranqüilo! Os outros que pedi são beeem melhores 😉
Beijos.