Paddleton
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Paddleton é um filme sobre amizade. Uma amizade entre dois homens que se fortalece na adversidade, quando um descobre que está com câncer e não há chance de cura, e por isso pede que o outro o ajude a morrer antes que a doença traga mais sofrimento.
A sinopse pode demonstrar uma obra difícil, mas é um engano. Creditada como comédia, é realmente isso no começo, ainda mais por ter Ray Romano no papel de Andy, que se diverte ao assistir TV e inventar o tal Paddleton, um jogo de raquetes, com seu vizinho e amigo Michael. Até que vem a notícia. E aí vira um drama, não tem jeito. O principal é que o roteiro jamais pesa. Em destaque está a relação humana, não o sofrimento.
Curiosamente, recentemente assisti a um filme franco-suíço, La Vanité, com a mesma temática, eutanásia e seu acompanhamento final. Os dois acertam no tom, mas diferem no foco. Paddleton é sobre o fortalecimento de um sentimento num momento para lá de difícil. Lá Vanité aborda como a natureza humana é cheia de erros e acertos.
Ray Romano é mais um comediante que aposta em um filme sério. Que bom! Como Jim Carrey, Adam Sendler e Steve Carrel, três exemplos de uma lista que tem dezenas e remonta a nomes que fizeram a transição lá atrás, como Robbin Williams e Peter Sellers, ele comprova que comediante geralmente tem talento para drama.
Marc Duplass brilha no papel de Michael, que decide abreviar a vida. Produtor do longa junto com seu irmão Jay, ele traz um personagem seguro e tranquilo com sua decisão. Mais do que o amigo Andy.
Aliás, há uma falha no filme ao não explicar a estranheza de Andy. Claramente ele é avesso a novas amizades, tendo em Michael um porto seguro. Ok, mas beira o exagero.
É apenas uma pergunta não respondida neste belo filme.
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Paddleton
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2019
Duração: 89 min.
Gênero: Comédia dramática
Direção: Alexandre Lehmann
Elenco: Marc Duplass, Ray Romano e Marguerite Moreau