Paraísos Artificiais
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Paraísos Artificiais tem o mérito de ser um filme diferente. É uma ficção focada nas festas raves, com um romance por trás. Aborda o tráfico e o consumo de drogas, mas com foco na classe média (“uma história de amor e êxtase”, segundo o subtítulo no cartaz, nos dois sentidos). Não é o melhor filme nacional da história, mas, sim, é bom.
Erika (Nathalia Dill) é uma DJ em começo de carreira, muito amiga de Lara (Lívia de Bueno). Juntas, partem para um festival no Nordeste brasileiro, no qual Erica irá tocar. Quatro anos à frente, Nando (Luca Bianchi) acaba de sair da prisão. Ele irá ver seu irmão partir por um caminho que já conhece bem. Mais um período no tempo: dois anos antes (ou seja, dois anos depois do festival no Nordeste), Nando e Erika se encontram em Amsterdã, na Holanda. Ela já é uma DJ de sucesso. Ele está com um amigo aproveitando a vida boa da cidade.
Com idas e vindas no tempo a todo instante, o filme chega a ficar um tanto complicado. Afinal, são três períodos. Mas nada que desmereça a obra. Amsterdã está incrível nas filmagens, um colírio para os olhos.
Produtor de sucessos como Tropa de Elite, Tropa de Elite 2 e Ônibus 174, Marcos Prado estreia como diretor de um longa de ficção. Seus dois primeiros trabalhos na função foram os documentários Estamira (2004) e Brazil’s Vanishing Cowboys (2003), este feito para a televisão. Nathalia Dill é a que manda melhor entre o elenco. Deixa o pudor de lado e faz quatro ou cinco cenas de nudez, todas encaixando bem no enredo. Só não entendi porque o nu ficou restrito a ela. Mais ninguém fica pelado de frente para a câmera. Não que eu quisesse um filme erótico! Seria algo da personagem? Não. Fica sem explicação.
Paraísos Artificiais ainda tem belas cenas – da natureza (gravadas na Praia do Paiva, em Recife) e das festas – e trilha sonora bacana, que deve agradar até mesmo quem não curte o bate-estaca. Vale assistir.
Paraísos Artificiais
CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Marcos Prado
Elenco: Nathalia Dill, Luca Bianchi, Lívia de Bueno, Bernardo Melo Barreto, Roney Villela e Erom Cordeiro
Gênero: Drama
Duração: 96 min.
Ano: 2012
Muuuuuita preguiça deste filme!