Plano de Fuga
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Sou fã do Mel Gibson. Ele é o Mad Max, o Martin Riggs de Máquina Mortífera, o William Wallace de Coração Valente… Está certo que já fez porcarias, mas sempre dou um voto de confiança. Em Plano de Fuga ele exagera. Que filme ruim!
Com muita ação e certa dose de humor, Plano de Fuga tenta seguir a fórmula de Máquina Mortífera. Mas não chega nem aos pés! O roteiro é sem qualquer noção e exagera na fantasia.
O filme conta a história de um criminoso que cruza a fronteira do México enquanto tenta escapar da polícia norte-americana. Preso, ele acaba em uma penitenciária mexicana tomada por um líder do tráfico. E aí passa a aprender os costumes do local, tentando sobreviver e visando uma fuga.
Até parece que é um longa bacana. Mas aí vem o impossível. E não estou nem ligando para todo mundo falar inglês no México, inclusive na cadeia. O ruim é que, como diz o personagem de Gibson, a prisão parece um shopping. É enorme, com cara de uma vila. Os presos moram com suas famílias. O comércio corre solto. E fica inverossímil acreditar que é difícil fugir dali.
Claro que o protagonista arruma um par romântico (na prisão!). E passa a proteger um menino que é perseguido porque o líder do tráfico precisa do rim dele. Meu Deus!
Acredite, piora: o líder do tráfico na verdade precisa do garoto para um segundo transplante, já que o primeiro foi feito com o rim do pai do menino. E todo o procedimento acontece na prisão. Fácil, não?
Uma curiosidade: a trilha sonora é do brasileiro Antonio Pinto (Cidade de Deus). O filme marca a estreia na direção de Adrian Grunberg, que já havia trabalhado com Gibson (roteirista e produtor deste) em O Fim da Escuridão e Apocalypto, sempre como primeiro assistente de direção. Tem muito a aprender, até com o próprio Gibson. Mas o antigo, não este.
Plano de Fuga / Get the Gringo
CLASSIFICAÇÃO: NEM A PAU, JUVENAL!
Ficha técnica:
Direção: Adrian Grunberg
Roteiro: Adrian Grunberg e Mel Gibson
Elenco: Mel Gibson, Peter Stormare e Dean Norris
Ano: 2012
Duração: 96 min.
Gênero: Ação