A Princesa e o Sapo

Rating

3.5 out of 5

Vale o ingresso

Total

3.5

3.5 out of 5

Apesar de ter sido lançado em 2009, é o filme mais recente da Disney dentro da temática princesas. É um dos filmes de princesas mais recentes lançados pela Disney. E pela primeira vez (bem tarde) a protagonista é negra. O filme é essencialmente infantil, não é daqueles desenhos (ou animações) rechados de piadas de adultos ou referências a outras obras.

A história se passa em Nova Orleans, o que eu achei o máximo. Nada de castelos distantes e irreais, desta vez a Disney puxou para perto a localização de seu conto de fadas. Nos anos 20, a garota Tiana cresce entre a mansão de sua amiga Charlotte, para quem sua mãe costura vestidos de princesa, e sua casa simples, que o pai dá duro para manter e mantém o sonho de abrir um restaurante.

O tempo passa, Tiana cresce e vira garçonete. A cidade se agita com a chegada de um príncipe, que também não é loiro de olhos azuis, chamado Naveen. Ele diz ser de um país chamado Maldônia, mas o tipo físico e o sotaque remetem à Índia. Sua voz é do brasileiro Bruno Campos (aquele do filme O Quatrilho..zzz). Seus pais cortaram seu dinheiro porque ele só quer saber de vadiar, então ele acha que a solução de seus problemas é casar com uma jovem rica e vai para a América (onde mais haveria riqueza?) em busca de sua princesa.

Charlotte está desesperada para casar, então seu pai organiza uma festa em sua casa para celebrar o Mardi Gras, o carnaval anual da cidade. Só que nesse ínterim, o vilão Dr Facilier atrai Naveen com a promessa de que conseguiria fazê-lo ter dinheiro e manter sua vida boa. Quando firmam um pacto, o vilão pega uma amostra do sangue do príncipe e o transforma em sapo, colocando em seu lugar o empregado de Naveen, também ambicioso, com a promessa de que ele seria rico.

O sapo Naveen sai em busca de um remédio para quebrar o feitiço e acha que se beijar uma princesa irá voltar ao normal. Ele vai até o quarto de Charlotte em busca dela, mas encontra Tiana em seu lugar, vestida como uma princesa. Ele a convence de beijá-lo com a promessa de que irá lhe dar dinheiro para abrir seu restaurante, só que quando se beijam ela também se transforma em sapo.

E aí têm que fugir do vilão que precisa de mais sangue e têm que encontrar um jeito de voltarem à forma normal.

O filme é animado, lembra um musical (quase todos os personagens cantam, quem não curte fuja) recheado de canções de jazz, ritmo que nasceu em Nova Orleans. Eu fui bastante ingênua em achar que, pela primeira vez, o fim não iria ser o esperado, entretanto no último segundo, tcham, o final à lá Disney.

A única coisa que não gostei foi o lance de vodu, meio sinistro. Não sei como as crianças reagem a isto…

Oprah Winfrey dá voz à personagem Eudora, mãe de Tiana. Uma coisa engraçada foi que na sinopse do canal onde assisti o filme o nome da protagonista era Mandy e não Tiana. Pesquisando, vi que originalmente era este o nome, porém os produtores decidiram mudá-lo pela pronúncia ser muito similar à “Mammy”, forma como as escravas negras eram chamadas antigamente no sul dos EUA.

Recebeu três indicações ao Oscar: Melhor Animação e duas músicas como Melhor Canção (Down in New Orleans e Almost There)

CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO

Ficha técnica:
Elenco: Anika Noni Rose, Keith David, Jenifer Lewis, Ritchie Montgomery e Bruno Campos
Direção: Ron Clements e John Musker
Gênero: Animação/Romance
Duração: 95 min.
Lançamento: 2009