Robocop – 2014

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3 out of 5

Até vale o ingresso

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É muito curioso ver as pessoas falarem e escreverem bem sobre Robocop, o filme produzido em 1987. De uma hora para outra virou um filmaço, um divisor de águas dos filmes de ação. Para mim sempre foi mais um longa… comum. E se passasse na Sessão da Tarde eu mudava de canal, já que vi inúmeras vezes. Agora o brasileiro Alexandre José Padilha lançou seu remake. Seria muito difícil ser pior que o original – e não é. Mas definitivamente também não é a melhor obra do diretor.

Como em Robocop de 1987, no Robocop de 2014 temos a premissa conhecida do policial que sofre um atentado e é mantido vivo por uma armadura. A diferença que Padilha traz são os muitos coadjuvantes: o cientista no estilo Doutor Frankenstein, os policiais corruptos, o megaempresário com seu departamento de marketing e o âncora de TV manipulado e reacionário. Ainda há a esposa e o filho do protagonista, mas estes já estavam na primeira versão.

O filme prende atenção. Tem um cuidado técnico de primeira, com a parafernália tecnológica convincente. Mas o roteiro, de Joshua Zetumer, é mais do mesmo. Muda o que se viu na década de 1980, mas não evolui.

São bacanas as “coincidências” com o original, como o tema musical e a armadura prateada, depois trocada por uma preta, com mais cara do ano 2014. Mas se a expectativa era Padilha retomar o que fez com Tropa de Elite, isso não acontece.

Ele tem todo o mérito de encarar Holywood e lançar um bom filme. Mas fica por aí.

Robocop – 2014 


CLASSIFICAÇÃO: ATÉ VALE O INGRESSO 


Ficha técnica: 
Ano: 2014
Duração: 117 min.
Gênero: Policial
Direção: José Padilha
Roteiro: Joshua Zetumer
Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton, Abbie Cornish, Samuel L. Jackson, Jackie Earle Haley, Michael K. Williams, Jennifer Ehle, Jay Baruchel, Marianne Jean-Baptiste e John Paul Ruttan