Robocop – O Policial do Futuro
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Essa história de rever filmes queridos na infância é um problema. Geralmente, é uma decepção enorme. Agora, imagine esse sentimento elevado à décima potência. Assim foi quando revi, semana passada, Robocop – O Policial do Futuro, de 1987.
Hoje cult, o longa foi um dos maiores sucessos do fim dos anos 1980. Gerou duas sequências, uma refilmagem em 2014, uma série de televisão, duas séries de animação, uma minissérie televisiva, jogos e por aí vai. Porém, nada disso tira a tosquice para quem assiste ao longa hoje em dia.
Peter Weller (na colagem de fotos acima) e Nancy Allen são os protagonistas, ele como o policial Alex J. Murphy, transformado em Robocop após quase morrer a tiros, e ela como a colega Anne Lewis. A história se passa em um futuro próximo, corrupto, quase uma distopia à beira do colapso. Nessa realidade, a empresa Omni Consumer Products (OCP) controla as forças policiais. E é a OCP quem decide colocar Robocop, um humano robotizado, um ciborgue, no combate ao crime.
Peter e Allen não vão bem. Têm atuações caricatas. O roteiro não encaixa, com falas terríveis e situações de extrema coincidência, além de uma força descomunal ao Robocop. A direção do holandês Paul Verhoeven (Instituto Selvagem, Showgirls e O Vingador do Futuro) não salva. É um filme B, que em seu fim passa para o trash quando um furgão é inundado de ácido e um dos bandidos sai andando todo despedaçado, como um zumbi.
O único ponto relevante é a crítica social, especialmente a um mundo cheio de executivos sem escrúpulos.
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Robocop – O Policial do Futuro / Robocop
CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE
Ficha técnica:
Elenco: Peter Weller, Nancy Allen, Daniel O’Herlihy, Ronny Cox, Kurtwood Smith e Miguel Ferrer
Ano: 1987
Gênero: Ação
Direção: Paul Verhoeven
Duração: 102 min.