Românticos Anônimos
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Românticos Anônimos é um típico filme francês. Também é um típico filme com comida – chocolate – de fundo. Mas… é diferente. É, ao mesmo tempo, sobre uma doença que de início parece uma brincadeira, mas que claramente angustia o diretor Jean-Pierre Améris: a hiperemotividade.
Estão nos 80 minutos do longa a leveza do cinema francês, com um romance entre o dono de uma fábrica de chocolate e sua nova contratada. Romance que fica açucarado com as cenas na fábrica, cheias de delícias sendo experimentadas. O problema – para eles, não para o espectador – é que o casal é hiperemotivo, ou seja, sofre do distúrbio de conviver em sociedade. Os dois ficam muito nervosos por qualquer fato corriqueiro, ainda mais na hora de encarar o amor que sentem um pelo outro. É uma timidez ao extremo.
Isabelle Carré (de Medos Privados em Lugares Públicos) e Benoît Poelvoorde são os protagonistas. São muito bons. Dão um nervoso! Ela foi indicada ao César, o Oscar francês, em 2011.
Fica clara a fixação do diretor Jean Pierre Améris por caracterizar o problema do casal como doença. Ambos passam o filme em tratamento psicológico, ele individual, ela em grupo, em algo parecido com Alcoólicos Anônimos (daí o título do longa). Que bom! É realmente uma doença que acomete muita gente. E talvez um diretor de filme francês.
Românticos Anônimos / Les Emotifs Anonymes
CLASSIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Direção: Jean-Pierre Améris
Elenco: Isabelle Carré e Benoît Poelvoorde
Gênero: Romance
Ano: 2011
Duração: 80 min.
O filme é lindo! Pura sensibilidade, delicadeza, beleza singela.
Como não torcer por dois incompreendidos que sofrem cotidianamente em silêncio?