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Saltburn tem cenas que chocam. Ganhou as redes sociais por exibir nudez, sexo e uma lambida no ralo. Um ralo é sempre um ralo, mesmo que cênico. Quem assistiu certamente vai se lembrar desta cena por muito tempo. Porém, é um filme que vai além, não se contenta apenas em impactar.

Dirigido pela inglesa Emerald Fennell (também coprodutora, ao lado de Margot Robbie), o longa é sobre privilégios… e loucura. Felix Catton, interpretado por Jacob Elordi, é um jovem charmoso, rico e um dos mais populares da Universidade de Oxford. De origem pobre, Oliver (Barry Keoghan) quer se aproximar de Felix, e consegue. Depois de ajudar Felix ao emprestar uma bicicleta, Oliver fica amigo de Felix, que, entre proximidade e desprezo, convida o novo amigo a passar as férias de verão na mansão Saltburn, onde mora sua família.

A partir daí o filme engrena. A excêntrica família vai maltratar Oliver? Ou o garoto tem outros planos? Seria uma crítica à aristocracia inglesa? Um apanhado de malucos entra e sai de cena. É acertada a escolha da diretora Emerald em ambientar a história em uma mansão clássica, mas com personagens modernos.

A trama ganha peso com o tempo. Surgem as cenas de sexo, das mais polêmicas. Tem masturbação, sexo oral e até uma indicação de necrofilia.

Saltburn certamente é um filme odiado por muitos. Eu vi valor, gostei. O choque no espectador combina com a sequência de gente desmiolada. O suspense capta. E o fim coroa um crescimento contínuo do longa.

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Saltburn

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica:

Direção: Emerald Fennell

Ano: 2023

Duração: 127min.

Elenco: Barry Keoghan, Jacob Elordi, Alison Oliver, Archie Madekwe, Carey Mullingan, Rosamund Pike e Richard E. Grant

Gênero:  Suspense