Selma – Uma Luta Pela Igualdade
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A figura de Martin Luther King Jr. sempre rende bons filmes. Alguns filmes já mostraram seu retrato como líder de caráter inabalável, virtuoso, bom homem. Em Selma – Uma Luta Pela Igualdade esses adjetivos estão presentes, mas há também o homem político, um militante movido pela razão.
Indicado ao Oscar 2015 em Filme e Canção Original (Glory, de John Legend e Common, que levou a estatueta), o filme recorta um período histórico, mas muito menos conhecido e divulgado pela mídia. Em vez de sua precoce morte, conta como foi organizada a caminhada entre as cidades de Selma e Montgomery, no Alabama, pelo direito do voto aos cidadãos negros. O episódio foi marcado por conflitos políticos dentro da própria militância negra (principalmente sobre o uso da violência em protestos) e entre o presidente dos Estados Unidos de então, Lyndon Johnson, e os governadores.
O Luther King desta fase era respeitado na política… e preferia o caminho do diálogo ao da revolta. Mas até certo ponto.
É um belo longa, pelo valor histórico da passagem, mas também pela direção correta de Ava DuVernay, que não inventa. O mesmo acontece com o protagonista David Oyelowo, que interpreta Luther King de maneira sóbria. Há cenas sutis, porém impactantes, como a do enfrentamento da ponte (foto acima).
Há bem mais qualidades do que defeitos, mas eles existem. O filme peca somente por em certo momento ficar um tanto enfadonho, sem ação. E não me refiro a tiros, brigas etc, mas, sim, a algo diferente na tela. Vale muito pela política e seu uso em favor do povo.
Selma – Uma Luta Pela Igualdade / Selma
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Ano: 2015
Duração: 128 min.
Direção: Ava DuVernay
Elenco: David Oyelowo, Tom Wilkinson, Carmen Ejogo, Giovanni Ribisi, Common e Lorraine Toussaint
Gênero: Drama
