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Como retratar Diana, a Lady Di, maluca? O diretor Pablo Larraín e o roteirista Steven Knight ensinam em Spencer, espécie de ficção baseada na biografia da monarca britânica. Explico: eles constroem, sem base em fatos, apenas confiando no que eles acreditam ter acontecido com ela, três dias que teriam levado à separação entre Diana e o príncipe Charles.

Spencer é o sobrenome de solteira de Diana.

O longa pretende-se lúdico, mas o que aparece em tela é uma Diana sem lucidez, que mesmo com os filhos está à beira da loucura. Pior: em algumas cenas, como quando foge para a casa que cresceu, tem visões e se coloca em perigo.

Não me parece que Larraín e Knight quisessem criticar Diana, mas o resultado é este. Uma baboseira em tela.

O longa não se decide entre a ficção e o real. Aliás, é até mal intencionado, pois se supõe que o visto em tela é baseado na história de Diana. A verdade é que não é.

“Uma fábula inspirada numa tragédia real” é como se intitula a obra. Fica fácil rotular assim um filme distante da realidade mas que se agarra em uma personagem que existiu.

Para finalizar, Kristen Stewart está muito mal no papel de Diana. Passa os 117 minutos do longa sussurrando, caricata.

Por incrível que pareça, a melhor sequência do filme é quando há o maior afastamento da realidade, com a revelação de uma paixão platônica.

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Spencer

CLASSIFICAÇÃO: ESPERE A SESSÃO DA TARDE

Ficha técnica:

Ano: 2021

Duração: 117 min.

Direção: Pablo Larraín

Roteiro: Steven Knight

Elenco: Kristen Stewrat, Timothy Spall e Jack Nielen

Gênero: Drama