Todo Dia

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A sinopse de Todo Dia é bastante original. Adolescente, “A” tem o poder de acordar a cada 24 horas em um corpo diferente. Sua rotina de constante adaptação, no entanto, ganha um ar de romance quando acorda no corpo de Justin e acaba se apaixonando pela namorada dele, Rhiannon. Apesar do tom água com açúcar, este é um bom filme adolescente exatamente por fugir do lugar-comum.
Primeiramente, não se sabe se “A” é feminino ou masculino. Ao acordar no corpo de alguém, vive como a pessoa, seja homem ou mulher, branco ou negro, gente boa ou não.
Curiosamente, “A” sempre vive numa família de classe média-alta, no meio-oeste americano. Ok, inverossímil, mas ok, não é um filme para raciocinar demais. O roteiro não demonstra interesse em desenvolver as causas ou consequências deste fenômeno sobrenatural: A é assim, e aparentemente o único no planeta.
Aliás, fica na dúvida a questão do pai de Rhiannon. Ele de repente abandonou a carreira tradicional e virou pintor. É sempre mostrado numa espécie de “transe”.
Ponto positivo para a história diferente. Consegue romper com o conservadorismo apontando para uma discreta ruptura com os códigos sexuais, de gênero e de identidade. “A” e Rhiannon se relacionam independentemente de quem “A” assume.
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Todo Dia / Every Day
CLASIFICAÇÃO: VALE O INGRESSO
Ficha técnica:
Ano: 2018
Duração: 98 min.
Direção: Michael Sucsy
Elenco: Angourie Rice, Justice Smith, Owen Teague e Maria Bello
Gênero: Romance