Tomboy

Tomboy é um filme absurdamente sensível que conta a história de Michael/Laure. Pré-adolescente, acaba de mudar de cidade e tem a oportunidade de se apresentar às novas crianças do bairro e construir para si uma nova história, nos últimos dias de verão antes da volta às aulas. 

Mesmo se relevando no título (tomboy é uma expressão para se referir a meninas que se vestem e se comportam como menino), o filme mantém, desde o seu início e até o seu ápice, uma certa dubiedade em relação à percepção familiar quanto à questão de gênero da personagem. Há muito respeito e compreensão, mas não fica claro até que ponto os pais vêem e entendem a situação da filha. Isso somado à espetacular interpretação da jovem Hoé Zéran, de uma delicadeza ímpar, faz de Tomboy um filme envolvente e que desperta a empatia do público.

Apesar de ter nascido menina, Laure gosta de se vestir e brincar com os meninos, como menino. É aí que ela se apresenta como Michael. E é em torno disso que a trama segue. E por tratar da questão da homossexualidade sob uma ótica pré-adolescente, ainda envolta em todo o universo infantil, não há apelo sexual. Apenas as descobertas e questões mais puras e ingênuas de um pequeno ser humano se descobrindo em relação ao mundo que o rodeia.

Tomboy

CLASSIFICAÇÃO: DUCA

Ficha técnica: 
Direção: Céline Sciamma
Roteiro: Céline Sciamma

Produção: Bénédicte Couvreur
Fotografia: Crystel Fournier
Trilha Sonora: Jean-Baptiste de Laubier
Ano: 2011
Duração: 82 min.  
Gênero: Drama
França