Truman
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Ricardo Darín todo mundo já conhece. Sou mais um entre seus tantos fãs. Javier Cámara é um nome desconhecido no Brasil, mas uma referência pode ajudar: no espanhol Fale Com Ela, ele interpreta o enfermeiro. Estes dois excepcionais atores são o que levam Truman a ser um espetacular filme. Eles e, é verdade, e o diretor Cesc Gay, que com Tomas Agaray assina o roteiro.
Darín interpreta Julian, um ator argentino radicado em Madrid, que desiste de lutar contra o câncer. Após brigar contra a doença, ela dá um golpe baixo e se espalha pelo corpo. Sem qualquer perspectiva de cura, ele decide interromper o tratamento e viver seus últimos dias. Então, recebe a visita de um amigo de infância que mora no Canadá, Thomas (Javier Cámara), que chega com a ideia de dissuadi-lo de parar o tratamento, mas logo desiste.
O longa aborda os quatro dias destes amigos juntos, já que Thomas precisa voltar ao Canadá. O Truman do título é o cão de Julian, que entrevista pessoas para decidir quem vai adotá-lo com sua morte. Ainda há a prima de Julian (Dolores Fonzi), que não concorda com sua decisão.
O forte do filme são os diálogos. Muitas vezes, somente a troca de olhares. Sim, porque os dois atores se entendem tão bem em cena que há inúmeras vezes que nem é preciso falar.
O roteiro é linear e põe pitadas de humor em uma situação dramática. O lado cômico não tenta aparecer demais, mas está presente o suficiente para oferecer uma experiência tocante, mas em muitas cenas também divertida ao espectador.
Se Darín já fez excelentes filmes como O Segredos dos Seus Olhos, Elefante Branco, Um Conto Chinês, Nove Rainhas e Relatos Selvagens (além dos muito bons Sétimo e Tese Sobre Um Homicídio; Delirium é péssimo, ponto fora da curva), seria esta sua grande interpretação? Possível. Provável.
Truman
CLASSIFICAÇÃO: PARE TUDO E VÁ VER!
Ficha técnica:
Ano: 2016
Duração: 108 min.
Direção: Cesc Gay
Elenco: Ricardo Darín, Javier Cámara e Dolores Fonzi
Gênero: Drama
Roteiro: Cesc Gay e Tomas Agaray
