Unidos pelo Sangue
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Três continentes, três histórias diferentes, três pessoas enfrentando a Aids, se entrelaçando com a vida dos portadores da doença. Unidos pelo Sangue é um ótimo filme, corajoso, especialmente por contar três enredos diferentes do comum ao abordar o drama mundial, que ultimamente, de maneira errônea, parece ter desaparecido do temor coletivo.
Por que o mundo não se une contra a doença? Esta é a pergunta que fica com a obra. Em uma região rural pobre da China, Jin Ping viaja entre pequenas cidades e vilarejos pagando a pessoas dispostas a doar sangue. Ela diz que seu negócio é legal, mas revende o produto no mercado paralelo. No Canadá (o filme é produção canadense), um ator pornô esconde que é soropositivo para se manter no trabalho – sua mãe não sabe. Ao mesmo tempo, a jovem noviça Clara parte para a África para cuidar de doentes em extrema pobreza.
As três histórias são contadas na medida certa. A maioria das pessoas que participou das filmagens na África nunca teve contato com o cinema na vida. Entre os figurantes desta parte, os analfabetos somavam 95%.
A pantera Lucy Liu (no cartaz), que protagoniza a parte chinesa, participa de seu melhor filme. Não compromete, mas também não arrasa.
Há final feliz? Não. Pelo menos, ainda não. Fica a pergunta, fica a mensagem. Afinal, há santos que não foram ou são canonizados.
Unidos pelo Sangue / Three Needles
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica:
Direção: Thom Fitzgerald
Roteiro: Thom Fitzgerald
Ano: 2005
Elenco: Lucy Liu, Siv Mbelu, William Mtakati e Sandra Oh
Duração: 123 min.
Gênero: Drama
Um post poético esse…