007 – Operação Skyfall

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Duca

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007 – Operação Skyfall é um filme para fãs do espião mais badalado do cinema. Estes vão adorar. Mas não é só isso. É muito bom também para quem não é fã mas curte ação na tela.

O novo filme mantém o ritmo frenético de 007 – Cassino Royale e 007 – Quantum of Solace, os dois recentes com Daniel Craig como James Bond, mas promete encantar os fãs da franquia ao se aproximar dos clássicos das décadas de 1960 e 1970. Afinal, estamos nos 50 anos de Bond!

Operação Skyfall traz doses cavalares de nostalgia, a começar pelo clássico carro Aston Martin DB5, com a placa BMT216A. Também estão lá histórias sobre a origem do espião, como os nomes de seus pais e dados de sua infância. O espectador conhece até a casa onde o pequeno Bond vivia. E logo de cara, na primeira cena, entra o lendário tema composto por Monty Norman em sua forma original – é preciso apenas um acorde para reconhecê-lo.

Na trama, 007 é ferido durante uma missão e dado como morto pelo governo britânico. Ele resolve, então, sair de circulação. Mas claro que é por pouco tempo. Após um ataque terrorista à sede da agência MI6, em Londres, o agente volta ao serviço, colocando-se à disposição de sua chefe, M, para apanhar o responsável pelo crime.

Eu havia gostado de Daniel Craig nos filmes de Bond. Mas neste ele está abaixo da média. Aparece mais sem camisa do que as Bond Girls em curtos trajes. Por outro lado, o Oscar 2013 já tem seu mais forte concorrente, não importando quem virá na disputa. Javier Bardem está incrível como Raoul Silva, um louco que começa a chantagear a MI6. “Louco” é uma boa palavra para ele. Uma espécie de Coringa contra Batman, o cara é insano, bizarro, sem limite. Diferentemente dos últimos longas, que sempre traziam vilões com pretensões globais, aqui o expectador se depara com um sujeito em uma jornada de vingança.

Bond e Silva entram em um jogo de gato e rato (ou rato e rato, como aponta o filme). Quase sempre coadjuvante, M aparece com destaque nesta produção. A personagem é vivida mais uma vez pela ótima Judi Dench (sétima vez!). Ela é decisiva na história. Bérénice Marlohe, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Ben Whishaw e Albert Finney completam o elenco. Fiennes ganha destaque como um importante membro do governo que exige modernidade de 007 e M.

Sam Mendes realizou um ótimo trabalho na produção, mostrando que respeita o personagem. Vencedor do Oscar por Beleza Americana (pela primeira vez um Bond foi dirigido por um vencedor de Oscar), o diretor soube como poucos unir o novo e o clássico.

Curiosamente, a falha do filme fica por conta de deixar de lado um caminho que os novos filmes vinham traçando. Não há uma Bond Girl arrasadora. A mais próxima é, enfim, Eve Moneypenny, a lendária secretária de M. Se nos anteriores Bond estava sempre forte, altivo, “dono do mundo”, neste está envelhecido, para baixo. É, digamos, uma má fase. Ok… deve se recuperar rapidamente.

007 – Operação Skyfall / Skyfall
CLASSIFICAÇÃO: DUCA
Ficha técnica: 
Ano: 2012
Duração: 146 min.
Gênero: Ação
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade e John Logan
Elenco: Daniel Craig, Javier Bardem, Judi Dench, Bérénice Marlohe, Ralph Fiennes, Ben Whishaw, Naomie Harris, Helen McCrory, Albert Finney e Ola Rapace