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Colegas
É sensacional a ideia de Colegas! Três atores com Síndrome de Down protagonizam um filme sobre um trio de amigos que sai em busca de liberdade e realização de sonhos. Pena, mas uma pena mesmo, que o filme é ruim. Não consegui achar uma resenha que analisasse o filme como ele deve ser analisado: como um filme. Todo mundo escreveu sobre a maravilha de se pular o obstáculo da Síndrome de Down e lançar uma inédita obra com três atores
Ginger & Rosa
Ginger & Rosa tem a vantagem de contar com um elenco de qualidade, recheado de atores que seguram a bronca mesmo quando a obra é ruim. Só isso. Os atores e atrizes são competentes. Pena que a história é devagar demais, chata. Quem curte um filme com pegada mais existencialista pode até dar uma chance ao longa. Mas terá de se esforçar para gostar dele. Estamos em Londres, 1962. Ginger (Elle Fanning) e Rosa (Alice Englert, de Dezesseis Luas) são
Dezesseis Luas
Dezesseis Luas parece ser mais do mesmo. E até é. Mas nem por isso é ruim. Produzido de maneira competente, entretém. Um casal de adolescentes se apaixona, um deles tem poderes mágicos e uma família estranha. Os dois apostam na força do amor para enfrentar os percalços que surgem. Nada realmente novo: um Crepúsculo, sem dúvida. Mas Dezesseis Luas é mais bem acabado, com um roteiro menos meloso. E definitivamente com melhores atuações. Jeremy Irons, Viola Davis e Emma Thompson
Adeus, Minha Rainha
Adeus, Minha Rainha começa no dia da Queda da Bastilha, 14 de julho de 1789, estopim da Revolução Francesa. Mas é mais sobre os três dias que antecedem a chegada dos revolucionários ao palácio de Versalhes, onde estavam rei, rainha e corte, do que sobre a tomada do símbolo da monarquia. Este é o grande acerto do filme, ao mostrar uma visão diferente do acontecido. Mas o grande erro é também este: só há esta visão, nada mais. Na tela,
Elefante Branco
Ricardo Darín é “o cara” do cinema Argentino. Não que ele seja a única expressão artística do país vizinho, longe disso. Mas é inegável que o ator virou sinônimo de bons e ótimos filmes: O Segredo dos Seus Olhos, Nove Rainhas e Um Conto Chinês, por exemplo. Não à toa foi considerado recentemente a personalidade mais importante do entretenimento argentino da última década. Mas não só lá ele faz sucesso. Quem acompanha cinema aqui no Brasil sabe quem ele é.
No
Pablo Larraín é o diretor de Tony Manero. Ainda bem que eu só soube disso agora, pois achei o filme terrível. Ainda bem mesmo, senão nunca teria assistido a No. Mesmo os dois sendo parte de uma trilogia sobre a ditadura chilena, com Post Morten abrindo, não há comparação. O ultimo é 1.000 vezes melhor. No é passado no fim da ditadura de Augusto Pinochet, em 1988. Após 15 anos no comando do país e sob pressão internacional, o ditador
Bling Ring – A Gangue de Hollywood
Sofia Coppola é tida como uma das grandes diretoras contemporâneas. Estourou ao receber o Oscar de melhor roteiro em 2004, com Encontros e Desencontros. Antes já havia feito As Virgens Suicídas. Logo em seguida lançou Um Lugar Qualquer. Este Bling Ring – A Gangue de Hollywood foi elogiadíssimo pela imprensa. Não sei, não. Para mim, todos os filmes da Coppola têm a mesma lerdeza, a “falta de sal”. Este é mais um. Na tela está um grupo de garotas (Emma
Linha de Ação
Mark Wahlberg, Russell Crowe e Catherine Zeta-Jones em um filme sobre chantagem, traição e crimes, tudo isso em meio a dois candidatos à Prefeitura de Nova York. A propaganda prometia. E lá fui eu assistir a Linha de Ação (título mais genérico que esse é praticamente impossível). A promessa ficou somente na promessa. Não é ruim. Mas também não é ótimo. O filme engata uma trama que começa a se perder e ficar óbvia demais. Billy Taggart é um ex-policial
O Som ao Redor
*Por Ligia Sanches, convidada especial Primeiro longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, “O Som ao Redor”, lançado no Festival de Roterdã e que entrou no circuito comercial no início deste ano, foi como uma bênção do cinema nacional para o público amante dessa arte. Da mesma forma que “Cine Holliúdy”, de Helder Gomes, outro excelente respiro criativo para o cinema nacional (mas esse é outra história). “O Som ao Redor” é uma crônica recheada por personagens que, com suas histórias cotidianas
Celeste e Jesse para Sempre
A cada dia surge um filme indie por aí. São aqueles independentes, produzidos sem ajuda de grandes estúdios, com recursos e verbas próprias… Celeste e Jesse para Sempre, apesar de não ser, tenta se passar por indie. E aí pode estar o grande erro. Amigos desde a infância, Celeste (Rashida Jones) e Jesse (Andy Samberg) não parecem estar prontos para deixar um ao outro: eles moram juntos, dividem um carro, têm os mesmos amigos, não se aventuram em outros relacionamentos…