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Chinatown
Se vivemos um período de seca em todo o sudeste brasileiro, nos Estados Unidos a situação já virou corriqueira. A falta d’água é assunto deste clássico do cinema, Chinatown, de 1974. Naquela época houve as chamadas Guerras da Água na Califórnia. E aí o filme se pega para iniciar uma saga noir, de detetive. As Guerras da Água foram a disputa entre Los Angeles e a região de Owens Valley, no leste californiano. Los Angeles passou a receber a água
Jobs
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Jobs não é péssimo, como a maioria da crítica indicou, mas também não é ótimo, como muitos fãs de Steve Jobs relataram. Com Joshua Michael Stern na direção, o filme aposta nas semelhanças físicas entre Ashton Kutcher e Steve Jobs. Realmente é incrível. E não é Kutcher o problema. O roteiro é. Tudo é muito corrido, sem qualquer aprofundamento. Há o mérito de mostrar o “lado b” de Jobs, o de como
Waking Life
Richard Linklater está prestes a estourar no Oscar com Boyhood, favorito a ganhar quase tudo. Gosto dele, especialmente pela trilogia iniciada por Antes do Amanhecer. Resolvi ir além do que conheço dele. Este Waking Life foi decepcionante… muito! Com cenas filmadas sobrepostas por animação, o filme é uma mistureba só. Não há um roteiro linear. Um monte de ideias, não necessariamente boa, surgem e desaparecem sem qualquer ligação. A sinopse diz que trata-se da história de um jovem que, após
Syriana – A Indústria do Petróleo
Syriana – A Indústria do Petróleo é o filme que deu o primeiro Oscar a George Clooney (como Ator Coadjuvante; o segundo foi por Argo, como melhor Filme). De 2006, só agora resolvi vê-lo. Sou fã do homem, mas sempre deixei este longa para depois. Talvez pelo tema, que se nota pelo subtítulo em português. Poderia ter ficado mais tempo sem assistir. O grande mérito de Syriana é sua intenção. Ao mostrar a sujeira por trás da indústria petrolífera, criticando
Grand Central
Grand Central une romance e crítica social. Seus personagens são pobres e, assim, sofrem para sobreviver. Trabalham em uma usina nuclear, sujeitos a todo tipo de preocupação que um serviço desse impõe. Formam um grupo de amizade coeso, com pessoas que se respeitam, mas têm um pé atrás. E essa desconfiança mostra-se acertada quando uma paixão começa a roer os relacionamentos. Léa Seydoux (Azul É a Cor Mais Quente) é o nome mais famoso. Mas o protagonista é de Tahar
Refém da Paixão
Em primeiro lugar, uma surpresa. Josh Brolin é o ator que interpretou Brand Walsh, o irmão mais velho de Mikey em Os Goonies! Bom… pelo menos para mim foi surpresa. Soube porque o Google me respondeu após Refém da Paixão começar. Tenho um pé atrás com o ator e queria ver os filmes que havia participado. Após isso, olhos no longa. Não mérito meu, mas, sim, do diretor e roteirista Jason Reitman. Adaptação do romance Fim de Verão, da americana
Operação Big Hero
A cultura geek ou nerd já ganhou a simpatia geral. Se nas décadas de 1980 e 1990 ser nerd era vergonhoso (“geek” nem existia), hoje em dia o apreço ao estudo e à ciência, especialmente ligado a ficção ou a super-heróis, é, ainda bem, valorizado. Operação Big Hero chega na segunda década dos anos 2000 para coroar esta tendência. E entrega uma bela animação da Disney, baseada em quadrinhos da Marvel. A escolha para essa fusão entre a empresas no
A Pior Seleção do Mundo
Documentários são geralmente em retrospectiva, ou seja, apresentam entrevistas, fatos novos ou memórias sobre algo importante do passado: a ascensão ao estrelato de algum cantor, o assassinato de alguém famoso, um acidente da natureza. Há, claro, documentários comportamentais, sobre, por exemplo, fãs de determinada banda, o crescimento da criminalidade em uma cidade ou uma família estranha. É raro, muito raro, “cair no colo” de um cinegrafista um fato marcante e ele estar com a câmera ligada. A Pior Seleção do
Planeta dos Macacos – O Confronto
Planeta dos Macacos – O Confronto é decepcionante. E essa avaliação vem de um enorme fã da série cinematográfica original. Se em Planeta dos Macacos – A Origem eu já havia ficado com um pé atrás, nesta sequência da retomada não tem jeito: que tortura assistir. Talvez seja esse o motivo: sou fã do original. E este mais recente longa acaba com a graça de quem ficou com o suspense e a incógnita de O Planeta dos Macacos de 1968
O Terceiro Homem
O Terceiro Homem é um filme britânico de 1949, de suspense. Velhinho. Mas em 2011 a revista inglesa Time Out o elegeu como o segundo mais importante da Grã-Bretanha, atrás apenas de Inverno de Sangue em Veneza. Lá fui eu assistir. E percebi que a revista e seus 150 especialistas, entre eles Sam Mendes, Mike Leigh e Wes Anderson, têm, para ser polido, gosto diferente do meu. É impossível que estes dois sejam os melhores filmes britânicos de todos os